A disparada da inflação neste ano já reflete nos preços dos itens consumidos na ceia de Natal. Um dos produtos mais tradicionais, o panetone está 25,96% mais caro, de acordo com uma prévia do levantamento da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Com base na pesquisa do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), até outubro deste ano, em relação à segunda quadrissemana de dezembro de 2020, a variação média da cesta de produtos de Natal foi de 5,91%, com o valor total passando de R$ 309,86 para R$ 328,17. Mas a tendência é de alta, porque produtos como pernil, lombo e chester têm oscilações fortes nos meses de novembro e dezembro.
“A prévia acaba ficando um pouco defasada devido aos itens que são sazonais. Por exemplo, o lombo, o pernil e o peru têm impacto maior em novembro e dezembro. Por isso, a tendência é que tenha uma alta até o fechamento do índice da cesta, na segunda quadrissemana de dezembro”, afirma Marcelo Pereira, analista-técnico da Fipe.
A pesquisa da Fipe avalia 15 produtos da cesta de Natal e 11 da lista de outros itens natalinos. Além do panetone, tiveram aumento de dois dígitos a azeitona verde sem caroço (21,91%) e a caixa de bombom de chocolate (12,83%).
Entre as carnes, o filé mignon lidera com 35,17% de alta. O bacalhau importado, muito procurado nesse período e que sofre impacto direto do câmbio, ficou 12,34% mais caro. O chester registrou elevação de 7,27%, assim como o peru.
Já a carne suína teve recuo até outubro, com o pernil registrando -9,76% e o lombo com osso, -0,53%. No entanto, esse cenário deverá mudar até o fim do ano. Apesar disso, a proteína de porco poderá ser uma opção mais econômica. “Os preços das carnes suínas, que estão com variação negativa no ano, mesmo que subam ainda se tornam bem vantajosos em relação ao bacalhau e ao filé mignon, por exemplo”, avalia o analista-técnico da Fipe. Com informações do R7.