Caso Henry: menino pode ter sido envenenado, diz Jairinho

No primeiro pronunciamento após ser preso, o médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, reitera as informações prestadas na 16ª DP (Barra da Tijuca), em 17 de março: ele nega que tenha torturado ou matado o enteado, Henry Borel Medeiros, de 4 anos.

Em seis páginas de caderno escritas na Cadeia Pública Pedrolino Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, o ex-parlamentar reafirma o bom relacionamento que tinha com o filho de sua então namorada, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, e chega a sugerir que menino possa ter sido vítima de causas naturais, ter chegado doente do fim de semana com o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, ou até sido envenenado.

Na carta, Jairinho diz ter sido vítima da espetacularização da investigação criminal e da criação de um enredo de condenação antecipada, que incitou a “ordem pública”. O ex-vereador alega que não havia motivos para que o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP e responsável pelo inquérito, desconfiasse dele. “Não existe qualquer indício de que eu tenha feito absolutamente nada com o Henry”, escreve.

Jairinho destaca que, entre janeiro e março de 2021, quando Monique e Henry foram morar com ele no condomínio Majestic, no Cidade Jardim, o menino continuou a dormir quatro dos sete dias da semana com os avós, na casa deles em Bangu. Nos outros, recebia a companhia de Rosângela Medeiros da Costa e Silva e Fernando José Fernandes da Costa e Silva, que iam até o apartamento na Barra da Tijuca para pernoitar com ele.

O ex-vereador afirma que, tanto os familiares de Monique, como as babás, a empregada, a professora e a psicóloga de Henry foram “categóricas” em afirmar em depoimento que nunca presenciaram comportamento anormal dele em relação ao Henry e que ele, inclusive, tratava o menino “muito bem”, nunca tendo a criança reclamado. Ele cita ainda que a criança nunca apareceu com marcas de agressões quando passava dias com o pai.

As informações são do IG.