Casa Branca instala placas que exaltam Trump sob retratos de ex-presidentes, gerando debate sobre memória institucional


Em uma remodelação recente, a Casa Branca instalou placas descritivas sob os retratos dos presidentes, numa intervenção que mistura elogios ao atual governo com avaliações ásperas dos antecessores. A decoração lembra mensagens de campanhas e postagens políticas, e já provoca debate sobre como espaços institucionais estruturam a memória histórica e influenciam a percepção do público.


O que mudou na decoração da Casa Branca e o que as placas dizem

O conjunto de placas descreve cada presidente com linguagem que, segundo observadores, aproxima o espaço de uma narrativa política. Entre as homenagens a Trump e críticas a ex-presidentes, o retrato de Joe Biden é apresentado com uma referência a uma caneta automática, descrita como solene e associada a críticas sobre inflação e imigração. Barack Obama e outras figuras aparecem com rótulos que destacam controvérsias históricas, como acordos internacionais que, segundo a leitura oficial, teriam sido alterados durante o governo atual. A placa de Bill Clinton cita a derrota de Hillary Clinton na eleição de 2016; Gerald Ford é elogiado por um indulto a Nixon; Ronald Reagan aparece como figura associada a um jovem Trump. Além disso, o conjunto de placas do próprio Trump inclui elogios a vitórias eleitorais e avaliações de crescimento econômico, com o lembrete de que o melhor ainda está por vir.


Segundo as imagens divulgadas, as placas foram instaladas pelo governo Trump na Casa Branca em uma data recente, a saber 17 de dezembro de 2025. As legendas aparecem ao lado dos retratos, como uma extensão da narrativa que o salão planta para o atual mandato.

Reações, memória histórica e leitura política

A equipe de comunicação da Casa Branca afirmou que as placas representam o legado de cada presidente. Críticos, no entanto, veem a intervenção como uma ferramenta de propaganda que naturaliza uma visão única da história. Historiadores alertam para o risco de transformar um monumento público em artefato de disputa política, moldando a forma como as futuras gerações lembrarão desses nomes.

Contexto e desdobramentos

A construção de uma memória presidencial tão centrada em um único líder acabou fortalecendo o debate sobre o papel dos espaços públicos na política. Observadores lembram que a decoração de reforço de imagem pode aumentar a polarização e suscitar reacções de veículos de mídia que acompanham a pauta de cultura cívica.