Após dois anos de alto número de falecimentos em razão da Covid-19, registros retornam à média anterior a crise sanitária. Óbitos por SRAG e septicemia ainda crescem no Estado.
Passados os primeiros 10 meses deste ano, marcado pelo maior controle da pandemia de Covid-19 e aumento da vacinação, o número de óbitos no Amazonas já retornou ao patamar anterior à crise sanitária no país. Levantamento inédito junto aos Cartórios de Registro Civil do Estado aponta que o número de mortes em 2022 é apenas 0,6% maior que o computado em 2019, e menor que o crescimento anual médio de óbitos registrado no Estado antes da doença causada pelo novo coronavírus.
Os dados constam no Portal de Transparência do Registro Civil, administrado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos 7.658 Cartórios de Registro Civil — presentes em todos os 5.570 municípios brasileiros —, e cruzados com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que utilizam como base os dados dos próprios cartórios brasileiros.
Em números absolutos foram registrados entre janeiro e outubro de 2022, 14.154 óbitos, número 0,6% maior que os 14.059 ocorridos nos 10 primeiros meses de 2019, antes da chegada da Covid-19. Na comparação com os números dos anos onde a pandemia esteve no auge no país, verifica-se uma redução de 36% em relação ao ano passado, que totalizou 22.164 mortes, e de 17% em comparação a 2020, que computou um total de 17.113 óbitos.
O número de óbitos em 2022 é ainda menor quando comparado em relação à média da evolução de mortes ano a ano no Amazonas, que variou, em média, 3,8% entre 2010 e 2019. Durante este período, a maior variação no número de óbitos no Amazonas tinha ocorrido em 2011, quando registrou crescimento de 8,9%. Com exceção aos anos de 2020 e 2021, auge da pandemia no estado, quando os óbitos cresceram 21,7% e 29,5% de um ano para o outro, o número de mortes em território amazonense mostra um retorno à normalidade após dois anos de alto número de falecimentos.