
A rejeição de duas resoluções na Câmara dos EUA expõe o duelo entre os poderes diante das ações americanas contra a Venezuela, em um momento de alta tensão diplomática e militar. Mesmo com a maioria republicana na Casa, as propostas receberam votos apertados e não passaram, horas antes de Trump se dirigir à nação sobre o tema em rede nacional.
O que foi apresentado e como votaram
A primeira proposta, apresentada pelo deputado Gregory Meeks, buscava retirar as forças armadas de hostilidades contra qualquer organização terrorista designada pelo presidente no Hemisfério Ocidental, sem autorização do Congresso. O texto foi derrotado por 216 votos a 210. A segunda, de Jim McGovern, previa a retirada de tropas de qualquer ação militar contra a Venezuela sem aval do Congresso, e foi rejeitada por 213 votos a 211.
Contexto político e contexto internacional
As votações ocorrem no contexto de tensões já elevadas entre Washington e Caracas, após o governo dos EUA ordenar um bloqueio a navios petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela. A medida ampliou o atrito entre os governos e reacendeu o debate sobre a necessidade de autorização parlamentar para ações militares, imagem reforçada pela resistência da maioria republicana em barrar iniciativas de opositores.
Desdobramentos e perspectivas
Autoridades americanas continuam a justificar a pressão externa pela luta contra o narcotráfico, associando ações contra a Venezuela a esse objetivo. O governo avaliaria opções para responder ao que descreve como o papel de Nicolás Maduro nessa operação ilegal, incluindo potenciais ataques contra cartéis de drogas. Trump já indicou ter interesse em ações de maior escalada, mencionando a possibilidade de ataques terrestres e sinalizando que o território venezuelano pode estar entre os alvos no futuro.





