A comissão especial criada pela Câmara dos Deputados para analisar o voto impresso obrigatório já nas eleições de 2022 adiou nesta sexta-feira (16) a votação do parecer favorável do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), sobre a proposta.
A decisão foi anunciada pelo presidente da comissão, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), em meio a protestos de deputados da oposição e independentes, que defendiam que a votação fosse feita nesta sexta.
“Essa é uma prerrogativa do relator, confome o artigo 57, inciso 11, do regimento interno. Eu concedo o prazo para o relator fazer ajustes no texto até a próxima sessão ordinária”, disse Martins, encerrando a reunião. Com o adiamento, a votação foi marcada para o dia 5 de agosto, ao final do recesso parlamentar (de 18 de julho a 1º de agosto).
Publicamente, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 135/19 era rejeitada por dirigentes de 11 partidos políticos antes da votação. Prevendo a derrota iminente, os deputados governistas chegaram a pedir pela retirada da proposta da pauta desta sexta para chegar a um parecer que fosse aprovado. Até o momento em que o presidente encerrou a sessão, o pedido de adiamento estava derrotado por 22 votos contra e 12 a favor.
A PEC é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que afirma que o sistema de urnas eletrônicas não é seguro, embora ainda não tenha apresentado prova de fraudes. Na semana passada, ele chegou a ofender o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, e ameaçar as eleições caso o voto impresso seja negado. Com informações do R7.