Na manhã desta terça-feira (10), uma grande mobilização nacional chamou a atenção do país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou a Operação Bad Vibes, com foco no combate à pornografia infantil. A operação, que ocorre simultaneamente em 12 estados, é coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
A ação envolveu a execução de cinco mandados de prisão e 36 de busca e apreensão. Os alvos são indivíduos suspeitos de comercializar e consumir conteúdos pornográficos infantis, especialmente em grupos do aplicativo de mensagens Viber. A operação visa não apenas a detenção dos envolvidos, mas também a apuração completa dos delitos.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, manifestou-se sobre a operação através da rede social X, antigo Twitter. Ele destacou a colaboração do Ciberlab e das Polícias Civis dos 12 estados envolvidos, reforçando o compromisso diário no combate à exploração sexual de menores.
Os resultados da operação, até o momento, são expressivos: 12 prisões em flagrante e cinco prisões temporárias distribuídas em dez estados. Sergipe, Santa Catarina, Espírito Santo, Pará, Ceará, São Paulo, Paraná e Goiás registraram as detenções em flagrante, enquanto o Piauí concentrou as prisões temporárias. A operação segue em andamento, com o objetivo de cumprir todos os mandados.
A origem da Operação Bad Vibes tem um caráter internacional. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a ação foi desencadeada a partir de informações fornecidas pela agência da Homeland Security Investigations (HSI) dos Estados Unidos. A investigação inicial foi realizada pela HSI em Pretória, África do Sul, onde foi identificada a participação ativa de brasileiros em grupos criminosos.
O abuso sexual contra menores é um crime grave. No Brasil, as penas para armazenamento, compartilhamento e produção de conteúdo pornográfico infantil variam de um a oito anos de prisão.
Faça a diferença: denuncie
A sociedade tem um papel fundamental na prevenção e combate a crimes contra a infância e adolescência. Denúncias podem ser feitas através do Disque 100, coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Além disso, há canais de denúncia via WhatsApp, site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, Telegram, aplicativo Direitos Humanos Brasil e videochamada em Libras. Em situações de emergência, o número 190 da Polícia Militar está à disposição da população.
Com informações da Agência do Brasil