Marcelo Queiroga está sendo pressionado pelo presidente Bolsonaro para decretar o fim obrigatório do uso de máscara. O objetivo do chefe do Executivo é que a decisão aconteça antes do dia 7 de setembro. A data será marcada pelos atos antidemocráticos.
Conforme apurou o DCM, o Ministro da Saúde não acredita que esse seja o momento para retirar a obrigatoriedade do item. Tanto que ele tem fugido do assunto e levantado outros temas com os técnicos da pasta. Comportamento que não tem deixado o presidente muito contente.
O Ministro não quer assumir essa responsabilidade neste momento. Com a terceira dose prestes a começar em diversos pontos do país, ele tem como foco levar o tema a “banho-maria”. Até porque sabe que a maioria dos governadores não vai permitir o fim da obrigatoriedade. Seria mais uma briga perdida.
Queiroga já demonstrou seu incômodo com a máscara. Porém, em seus discursos, tem tentado ser o menos radical possível. Às vezes, não consegue. Porém, passa longe de ter comportamentos parecidos com do Bolsonaro.
Já o presidente está incomodado, mas não quer bater de frente com o Ministro. Entende que seu foco deve ficar nos atos antidemocráticos. E também na guerra contra o STF. Ele tenta ter ao seu lado o máximo de aliados possíveis contra a Suprema Corte.
Só que o governante confessou aos interlocutores que a retirada da obrigatoriedade do uso de máscara antes do dia 7 seria uma vitória. Isto porque muitos bolsonaristas ficariam sem nas manifestações e acabaria sendo uma resposta aos governadores e ministros do Supremo.
Queiroga não tem estudo em mãos
Bolsonaro pediu que a secretaria de Ciência e Tecnologia do ministério da Saúde fizesse um estudo. O objetivo era saber sobre a não obrigatoriedade do uso de máscaras. Ele queria ter dados para defender suas teses, apesar de preferir utilizar argumentos mentirosos.
Só que o estudo não saiu do papel. Não se sabe o motivo. Porém, o Ministro da Saúde não colocará em pauta o fim da obrigatoriedade das máscaras. Pelo menos por enquanto.