
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral nesta quinta-feira, em um hospital particular de Brasília, com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O procedimento durou mais de três horas e transcorreu conforme o previsto, sem intercorrências.
Detalhes da cirurgia de hérnia bilateral
A intervenção foi realizada com anestesia geral e envolveu a correção de ambas as hérnias, com a implantação de uma tela de polipropileno na parede abdominal para reforço estrutural e prevenção de recorrência. A hérnia identificada no lado esquerdo, menor, levou a equipe a decidir pela correção precoce para evitar possível procedimento futuro no lado direito.
Segundo o cirurgião, a decisão foi tomada para reduzir o risco de piora clínica e facilitar a recuperação. Ao final do procedimento, Bolsonaro foi transferido para o quarto e permanece sob observação nos próximos dias.
Perspectivas de recuperação e cuidado médico
A previsão é de uma recuperação entre cinco e sete dias, com fisioterapia e monitoramento para evitar complicações vasculares, como tromboembolismo venoso. Além da hérnia, a equipe médica deverá reavaliar a necessidade de um tratamento para os soluços recorrentes que acometem o ex-presidente há meses, que podem atrapalhar respiração e sono durante o pós-operatório. A depender da resposta à medicação, pode haver nova avaliação para possível intervenção.
Contexto de vigilância e quadro jurídico
Bolsonaro, condenado pela trama golpista que culminou com o ataque aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão e está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília desde 25 de novembro, por determinação judicial. Durante a internação, ele deverá permanecer sob vigilância 24 horas por dia, com dois agentes na porta do quarto, além de equipes dentro e fora do hospital.
Com informações da Agência Brasil.





