O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que discutiu com as Forças Armadas se existe hoje contingente no país para conter distúrbios sociais no caso de um agravamento da crise causada pela epidemia de Covid-19 e voltou a dizer que teme problemas “gravíssimos” causados pelas restrições de circulação.
“Eu tenho dito publicamente: eu temo por problemas sociais gravíssimos no Brasil. Converso com as nossas Forças Armadas, se eclodir isso pelo Brasil, o que nós vamos fazer? Temos efetivo para conter? A quantidade de problemas que podemos ter pela frente… E outra: é uma explosão por maldade ou necessidade? O que podemos fazer para evitar isso daí, como nos preparar”, disse.
Bolsonaro tem insistido na ideia de que pode haver saques e revoltas causadas pela falta de emprego e renda da população.
Em Chapecó, onde foi conhecer medidas tomadas pela prefeito da cidade, João Rodrigues, que supostamente teriam reduzido a necessidade de interação de pacientes –na verdade, de acordo com boletim da própria prefeitura hoje as UTIs estão com mais de 93% de ocupação– Bolsonaro voltou a dizer que o Exército não será usado para obrigar as pessoas a ficarem em casa.
Dessa vez, no entanto, o presidente não usou a expressão “meu Exército”, que foi muito criticada nas últimas semanas, mas “nosso Exército”.
Na sequência, voltou a dizer que não decretará lockdown ou medidas de restrição como já foi pedido por governadores, prefeitos e até empresários. Com informações da Istoé.