Os manauaras começaram a ouvir um barulho diferente em suas casas durante a pandemia. Muitos pensaram que se tratava de um rato ou outro inseto, mas o biólogo e doutor em ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Igor Kaefer, explicou que é um tipo de osga que não existia no Amazonas até então.
De acordo com Igor, em entrevista ao G1, antigamente as lagartixas que andavam pelas casas dos manauaras era a Hemidactylus mabouia, de origem africana. Mas a capital do Amazonas foi invadida por uma nova espécie: a Lepidodactylus lugubris, responsável pelo barulhinho diferente.
”Como são duas espécies muito semelhantes, você não consegue ver a diferença entre elas. Até a lagartixa que já estava presente nas casas, ela faz um som baixinho. Só que essa espécie que colonizou Manaus recentemente faz um som muito mais alto. É um baralho que normalmente se escuta no fim da tarde, início da noite, e é uma comunicação entre elas”, explicou.
Igor explica também que esse tipo de lagartixa é muito encontrada em cidades portuárias, como Salvador e em Belém do Pará. A possível chegada dela ao Amazonas pode ter sido através de cargas, mas ainda não há estudos confirmando. A chegada dela ainda está sendo investigada.
Segundo o biólogo, a fêmea não precisa do macho para procriar, conseguindo se reproduzir por clonagem, esse é o motivo da espécie ter proliferado tão rápido.
Apesar do barulho, a nova lagartixa não traz nenhuma ameaça para os seres humano, uma vez que sua alimentação é feita apenas através de insetos. A maior importância, assim como era com a antiga osga, é ter atenção com os felinos, pois eles podem adquirir planinosomose.
Por Portal Manaus Alerta.





