Bella Hadid fala sobre seus problemas de ansiedade e sua carreira como modelo

Quando começou a modelar aos dezessete anos, Bella Hadid afirmou que muitas vezes se sentiu pressionada a se comportar de certa forma, ao mesmo tempo em que tentava encontrar a sua própria identidade.

Nós a vimos como o rosto das campanhas de moda lançadas por alguns dos designers mais proeminentes do mundo, em muitas capas de revistas e passarelas internacionais e nas redes sociais, onde ela acumulou um grande número de seguidores na última década.

Como um dos rostos mais impressionantes que cobriu a edição de setembro de 2021 da revista Vogue (ao lado de outras modelos incríveis como Lourdes Leon, Precious Lee, Kaia Gerber, Anok Yai, Ariel Nicholson, Sherry Shi e Yumi Nu), Bella Hadid é admirada em muitos lugares por ser uma das modelos que de maior relevância e influência do momento. Apenas no Instagram, a modelo está bem perto de alcançar a marca de 45 milhões de seguidores, tornando-se uma das maiores de sua geração.

Bella Hadid, que começou a modelar com apenas 17 anos (e agora tem 24 anos, uma jornada de sólido sucesso ao lado de importantes figuras do mundo da moda), disse para a Revista Vogue em uma entrevista que muitas vezes ela se sentiu pressionada a se comportar de determinada maneira quando começou sua carreira, enquanto ainda tentava criar sua própria identidade. Segundo ela, era como se houvesse duas Bellas: a primeira era a Bella Hadid “pessoal”, essa mulher que estava encarando o processo de descobrir quem ela era, e a segunda era a Bella Hadid modelo, uma espécie de alter-ego sexy, projetada para os holofotes e para as festas.

Segundo a modelo, essa atitude não a ajudou nem um pouco. Bella Hadid confessou que tem uma ansiedade social muito grande. Festejar, por exemplo, não é nem um pouco a praia da jovem, mas ela sentiu uma enorme pressão para projetar essa imagem, porque presumiu que isso era tudo que as pessoas queriam dela. Agora, ela não quer mais morar nessa caixa.

Ansiedade e redes sociais

Com as redes sociais, Bella Hadid se sente mais confortável para se comunicar e mostrar ao mundo mais da sua identidade. Dessa forma, o velho estereótipo de que os modelos não passam de festeiros idiotas pode ser desconstruído, lutando por uma projeção mais positiva do seu trabalho no mundo. Na mesma esteira, a modelo Kaia Gerber, que divide a nova capa da Vogue com Hadid, citou o exemplo de sua mãe, a modelo Cindy Crawford, uma mulher que, segundo ela, também sempre teve muito a dizer, mas que infelizmente em sua época não existiam canais de comunicação para isso, tais como as redes sociais hoje.

A propósito, esta não é a primeira vez que Bella Hadid se abre sobre sua ansiedade social. Uma discussão parecida sobre o tema já havia acontecido em 2018, no reality show de sua mãe e ex-modelo Yolanda Hadid, Making A Model.  Ao compartilhar conselhos com as aspirantes a modelos, Hadid disse haver momentos em que ela literalmente começava a chorar e tremer se tivesse que dar entrevistas em eventos ou no tapete vermelho. Era uma época realmente desesperadora e assustadora para ela. Em outros momentos, a modelo confessou que às vezes “apagava” quando desfilava em uma passarela.

Em 2019, para uma postagem no Instagram para o Dia Mundial da Saúde Mental, Bella Hadid confessou que seus dias ainda oscilam entre bons ou ruins, mas que está grata e orgulhosa de si mesma por estar no lugar que está hoje. Hadid continuou dizendo aos fãs para que eles não se sintam pressionados pelas coisas on-line, pedindo para que as pessoas fossem gentis e cuidassem de si e das suas energias. Uma lição que ela aprendeu ser útil é que quando o mundo parecer que está desmoronando ao seu redor, você pode pedir ajuda, você não precisa lidar com seu estado mental sozinho.

Hoje, Bella usa a mídia social como uma plataforma para postar uma mistura de atualizações profissionais e pessoais. Aqueles que acompanham seus perfis sabem bem que as postagens sobre a sua vida parecem bastante sinceras e reais.

Fora das passarelas

O que as modelos usam fora do expediente é sempre motivo de curiosidade, não é mesmo? Ainda mais no caso da Bella Hadid que acumula marcas de estilistas. A jovem sempre é vista pelos paparazzis com visuais que misturam e combinam marcas de luxo novas e vintage. Os tops extravagantes são uma das peças favoritas da modelo. Bella Hadid também adora combinar suas peças antigas com outras mais elegantes, calça slouchy, botas grossas e toneladas de anéis e colares.

A apreciação de Bella Hadid pelo vintage é bem conhecida. A estrela circula regularmente pela velha guarda da Jean Paul Gaultier e da Tom Ford, mas ela não se limita a designers ultra luxuosos. Como qualquer outra pessoa na casa dos vinte e poucos anos, Hadid adora comprar peças de segunda mão de suas lojas favoritas online.

As modelos que estão revolucionando a indústria

A beleza americana estampada nas revistas de agora está mudando. As barreiras parecem que começaram a ruir e uma nova era surge no mundo da moda. Mas que tipo de revolução é essa, exatamente? Os padrões de beleza estão desaparecendo. A moda passa a ser vista cada vez mais como uma frente de luta por representação e igualdade de direitos.

Modelos de todas as raças, tamanhos e identidades de gênero são convocadas para cada vez mais desfiles – e, ao fazer isso, forçaram um acerto de contas contra toda a indústria e a sua história. Nesse sentido, a moda recebeu a mensagem de que o elenco de modelos de diversas origens é o mínimo que deve existir, fazendo com que as pessoas comecem a entender muito mais sobre diversidade, respeito e dignidade. Bella Hadid é um personagem importante desse capítulo da história da moda. A modelo de ascendência palestina faz parte da primeira geração de sua família que nasceu nos Estados Unidos, ao lado dos seus irmãos Gigi Hadid e Anwar Hadid, também modelos.