Uma mulher condenada como a pior assassina em série da Austrália foi perdoada depois de cumprir 20 anos atrás das grades por matar seus quatro filhos no que parece ser um dos mais graves erros judiciais do país.
Segundo informações da CNN, o procurador-geral de Nova Gales do Sul, Michael Daley, interveio para ordenar a libertação de Kathleen Folbigg, com base nas conclusões preliminares de um inquérito que encontrou “dúvida razoável” quanto à sua culpa pelas quatro mortes.
Daley disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira (5) que havia falado com o governador e recomendado um perdão incondicional, que foi concedido. “Esta foi uma experiência terrível para todos os envolvidos e espero que nossas ações hoje possam encerrar esse assunto de 20 anos”, disse Daley.
Folbigg foi presa em 2003 por três acusações de assassinato e uma de homicídio culposo após a morte de seus quatro filhos ao longo de uma década a partir de 1989 – em cada caso, ela foi a pessoa que encontrou seus corpos, embora não houvesse nenhuma evidência física de que ela havia causado suas mortes.
Em vez disso, o júri se baseou na sugestão da promotoria de que as chances de quatro bebês de uma família morrerem de causas naturais antes dos dois anos de idade eram tão infinitamente baixas que se comparavam a porcos voando.
Ainda conforme a CNN, a decisão inicial de condenação agora contrasta fortemente com o inquérito mais recente, que parece destinado a pintar uma imagem muito diferente de Folbigg como uma mãe amorosa que ficou arrasada e confusa com as sucessivas mortes de seus bebês.