
Um ataque que atingiu a praia de Bondi, em Sydney, durante o primeiro dia das comemorações de Hanukkah deixou 16 mortos — 15 civis e um dos suspeitos — e cerca de 40 feridos, provocando choque e aumento imediato das medidas de segurança na cidade. Autoridades classificaram o episódio como incidente terrorista e passam a apurar motivação, alvos e eventuais falhas de prevenção.
Como o ataque ocorreu
Segundo a polícia estadual, o ataque começou em área próxima ao evento religioso realizado na orla de Bondi, um ponto turístico e muito movimentado. Testemunhas relataram pânico e correria quando os disparos começaram; equipes de emergência e unidades especializadas foram deslocadas ao local. Em um carro estacionado nas proximidades, agentes encontraram um dispositivo suspeito que foi removido e submetido a perícia.
Vítimas e situação dos feridos
As vítimas tinham idades entre 10 e 87 anos. Entre os mortos está o rabino Eli Schlanger, de 41 anos, e um cidadão israelense. Vinte e poucos hospitais da cidade atenderam os feridos, alguns em estado grave; dois policiais também ficaram feridos durante a operação. O Ministério das Relações Exteriores informou que, até o momento, não há registro de brasileiros entre as vítimas.
Suspeitos e confronto com a polícia
A polícia identificou como autores prováveis um homem de 50 anos e seu filho de 24 anos. O pai, que possuía licença de armas, foi morto após troca de tiros com agentes. O filho foi detido com ferimentos e está em condição estável. Não há, por ora, indicação de participação de terceiros no ataque, segundo os investigadores.
Evidências, motivação e investigação em curso
Além do artefato encontrado no veículo, foram recolhidos outros materiais suspeitos para análise. As autoridades trabalham para confirmar se a ação foi dirigida especificamente contra a comunidade judaica e se havia outros alvos planejados. O diretor-geral da agência de inteligência australiana (ASIO) declarou que o nível de ameaça do país permanece classificado como “provável”, mantendo atenção para possíveis novos incidentes.
Atos de coragem e resposta internacional
Entre relatos de pânico, há também histórias de coragem: um vendedor ambulante foi citado por ajudar a desarmar um dos atiradores e foi atingido, mas sobreviveu após cirurgia. O ataque recebeu condenação internacional de autoridades e instituições, e governos europeus e dos Estados Unidos anunciaram reforço de proteção a comunidades judaicas.
Contexto histórico e consequências
Um tiroteio em massa é raro na Austrália, que reforçou as leis de controle de armas após o massacre de Port Arthur, em 1996. Ainda assim, o episódio em Bondi reacende debates sobre prevenção, vigilância de grupos radicais e segurança em eventos comunitários.
O que ainda precisa ser esclarecido
Investigadores buscam respostas sobre a motivação precisa dos atacantes, a origem dos artefatos apreendidos, se havia mais colaboradores e se houve falhas de inteligência ou segurança que possam ter permitido a ação. As autoridades prometem atualizações conforme novas provas sejam consolidadas e perícias concluídas.





