A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), divulgou na sexta-feira (17), um boletim atualizando o panorama da rabdomiólise associada à Doença de Haff no estado em 2024. O documento detalha os casos registrados, com dados importantes para conscientizar a população sobre os riscos e sintomas relacionados ao consumo de peixes contaminados.
Casos registrados em 2024
De acordo com o boletim, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024, foram registrados 11 casos compatíveis com a Doença de Haff em moradores de Itacoatiara (18,2%) e Parintins (81,8%). Os sintomas mais frequentes incluem:
- Dor muscular intensa;
- Urina escura;
- Náuseas;
- Fraqueza muscular.
Monitoramento e investigação
Todos os casos foram investigados pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais, com o suporte do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da FVS-RCP. A diretora-presidente da fundação, Tatyana Amorim, destacou o rigor das investigações e a importância de manter a população informada sobre a situação epidemiológica. “Seguimos monitorando o cenário e divulgando informações atualizadas”, afirmou.
A coordenadora do CIEVS, Roberta Danieli, ressaltou que as equipes municipais permanecem sensíveis à identificação e notificação de novos casos, com prazo de até 24 horas após o início dos sintomas. Esse monitoramento contínuo é essencial para o controle e prevenção da doença.
Desafios na identificação da origem do pescado
Um dos principais desafios apontados no boletim é a dificuldade em rastrear a origem dos peixes consumidos pelos pacientes. Muitos casos envolvem pescados adquiridos em diferentes estabelecimentos, e alguns pacientes não souberam informar o local de compra ou o fornecedor. Essa situação reforça a necessidade de conscientização sobre a importância de conhecer a procedência dos alimentos consumidos.
Importância da prevenção
A Doença de Haff é caracterizada por sintomas graves que surgem subitamente após o consumo de peixes contaminados, podendo levar a complicações severas. Entre as medidas de prevenção, destacam-se:
- Evitar o consumo de peixes de procedência duvidosa;
- Manter os alimentos em condições adequadas de armazenamento;
- Buscar atendimento médico imediato ao apresentar os sintomas.
Acompanhamento contínuo
O boletim, que está disponível em encurtador.com.br/sWSvr, visa descrever o perfil epidemiológico dos casos, além de auxiliar na distribuição espacial e temporal dos registros. O acompanhamento criterioso da FVS-RCP tem sido fundamental para alertar a população e promover a segurança alimentar no estado.