A Guarda Municipal de Manaus, inclusive sua nova unidade armada, a Ronda Ostensiva Municipal (Romu), não conseguiu impedir um ataque criminoso ocorrido no último fim de semana no complexo de órgãos municipais no bairro Vila da Prata, zona Oeste da capital. Criminosos cortaram cabos de alta tensão elétrica e furtaram fios, deixando várias secretarias sem energia elétrica e prejudicando o funcionamento de serviços essenciais.
De acordo com informações da Prefeitura de Manaus, o complexo afetado inclui a Casa Militar, responsável pela segurança do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), do vice-prefeito, Marcos Rotta, e pela execução do alistamento militar das Forças Armadas. O complexo abriga também importantes órgãos como a Secretaria Municipal de Administração, Planejamento e Gestão (Semad), a Junta Médico-Pericial do Município (JMPM), a Escola de Serviço Público Municipal e Inclusão Socioeducacional (Espi), e o Fundo de Saúde dos Servidores, o Manausmed.
A área do complexo era sede da Guarda Municipal até julho do ano passado, quando a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg) foi criada e a sede da Guarda foi transferida para a Lagoa Senador Arthur Virgílio Filho, a “Lagoa do Japiim”, localizada na zona Sul da capital.
Guarda Municipal: responsabilidades e ações recentes
A Guarda Municipal, incluindo a nova Romu, possui agentes armados e foi recentemente equipada pela Prefeitura de Manaus com 250 pistolas, munições, coletes balísticos e algemas. Segundo o secretário da Semseg, Alberto Neto, a principal função da Guarda é proteger o patrimônio municipal e prestar suporte aos órgãos do município, garantindo a segurança em locais como Unidades Básicas de Saúde (UBS), terminais de transporte e escolas municipais.
Contudo, o recente ataque suscita dúvidas sobre a eficácia da Guarda Municipal em cumprir suas atribuições de proteção do patrimônio municipal. Os eventos do fim de semana demonstraram falhas na segurança, permitindo que criminosos tivessem acesso ao complexo e cometessem crimes significativos, prejudicando o funcionamento de várias secretarias e impactando serviços públicos.
Medidas tomadas após o ataque
Em resposta ao ataque, o secretário da Semad, Ebenezer Bezerra, ordenou o registro de um Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia Civil e acionou a empresa concessionária de energia para realizar os reparos. A interrupção dos serviços devido ao roubo de cabos elétricos afetou não apenas a Semad, mas também a população que depende desses serviços.
“É um fato lamentável que prejudica não apenas a Semad, mas a população, que é a principal usuária dos nossos serviços. Tão logo identificamos o ocorrido, adotamos as medidas necessárias para que nosso complexo volte a funcionar normalmente”, declarou Ebenezer Bezerra.
O incidente levanta questões críticas sobre a eficácia das medidas de segurança implantadas pela Prefeitura de Manaus e a necessidade de reforçar a proteção dos complexos municipais para evitar novas ocorrências e garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais.
