O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) disse nesta quarta-feira (13) em entrevista à Globonews que a assembleia “não passa pano na cabeça de ninguém”. Com informações do G1.
Nesta terça (12), a Comissão de Ética da Alesp aprovou por unanimidade o pedido de cassação do mandato do deputado Arthur do Val (União Brasil) por quebra de decoro parlamentar, após áudios machistas sobre refugiadas ucranianas terem vazado no início de março.
“O Artur vai ser penalizado com o maior rigor. Depois de 20 anos eu acredito que nós teremos uma nova cassação de um deputado na Assembleia Legislativa”, disse Pignatari.
O último deputado cassado pela casa foi Hanna Garib, em 1999, por ter sido considerado culpado por participar de um esquema de corrupção.
Após a votação no Conselho de Ética, o caso passará por cinco sessões da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde será analisado, por exemplo, se houve direito de defesa. Após isso, Pignatari colocará a cassação em votação no plenário em forma de projeto de lei.
A perda de mandato só ocorrerá, de fato, se a maioria dos 94 deputados estaduais votarem a favor do projeto.
Pignatari falou também sobre a última composição da casa, que assumiu os mandatos em 2019. “É muito triste se você ver hoje a Alesp. Nós temos o julgamento na próxima semana no plenário do deputado Frederico Davila, que ele xingou o papa, o bispo. Esse mandato está sendo fora da rota. Não só por pessoas da rede social, mas também os radicais”.
Para o presidente da casa, uma consequência disso é que neste período houve poucas discussões e debater acerca de temas que buscam melhorar a vida da população.
“Infelizmente na politica de 2018 nós tivemos esse ciclo de pessoas usando o mandato pra fazer politica pessoal, aumentar número de likes e seguidores, disse Carlão.
Para o presidente, o julgamento de Artur do Val será “emblemático”. E o Brasil vai ver, que infelizmente esse tipo de pessoa pública não pode ser um parlamentar em lugar nenhum”.