Arquivos de Epstein têm acusações falsas contra Trump, diz Departamento de Justiça do governo Trump | G1


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"title": "Novos arquivos de Epstein revelam fotos de celebridades, referências ao Brasil e acusações contra Trump desmentidas pela Justiça dos EUA",
"content_html": "<p>Um novo lote de documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein foi liberado pelo Departamento de Justiça dos EUA, ampliando a divulgação de material investigativo e ampliando o mapa de relações do esquema de exploração sexual. O conteúdo, que inclui fotos, áudios, registros do FBI e vídeos, chegou em meio a um contexto político tenso, com críticas à lentidão do processo de liberação e à censura de trechos sensíveis. O DOJ reiterou que algumas afirmações contidas nos registros sobre o presidente Donald Trump são infundadas e sensacionalistas, afirmando que tais alegações não possuem respaldo e, se tivessem credibilidade, teriam surgido em investigações anteriores. A soma de novos documentos representa uma parcela significativa do total já divulgado, com centenas de milhares de páginas e itens que permanecem sob redaction para proteção de vítimas e de investigações em curso. Epstein foi condenado por abusos envolvendo menores na década de 2000 e, segundo autoridades, liderava uma rede de exploração que atraiu figuras públicas.</p><h2>O que mostram os novos arquivos e o que permanece obscuro</h2><p>Entre as peças dispostas, destacam-se imagens de Epstein ao lado de celebridades lidas ao longo da divulgação, como artistas e ex-líderes, embora o contexto de cada foto não tenha sido explicado pelas autoridades. Também aparecem referências ao Brasil em pelo menos duas entradas do material—uma anotação de contato associada a um recado com o tema Brasil e uma nota manuscrita relacionada a uma mulher fotografada sem consentimento. Além disso, parte do conteúdo continua censurada, com trechos ocultos para proteger vítimas e informações de investigações ainda ativas. As autoridades destacam que nem todo o material será disponibilizado na íntegra, citando investigações em curso ligadas a figuras democratas associadas ao caso, bem como a necessidade de proteger identidades e dados sensíveis.</p><p>O conjunto também traz arquivos que relatam comunicações entre Epstein e pessoas próximas, incluindo mensagens que sugerem discussões sobre a relação entre o bilionário e o presidente Trump, levantando questões sobre o conhecimento de terceiros a respeito das condutas de Epstein. Em meio a esse material, o governo afirma que as informações pessoais de vítimas continuam protegidas pela lei, enquanto outras informações podem permanecer sob sigilo para não atrapalhar investigações ou expor testemunhas.</p><h2>Impacto político e o debate público sobre divulgação</h2><p>A divulgação ocorre em um momento de intenso escrutínio político sobre transparência e responsabilidade. O Congresso aprovou uma medida para ampliar o acesso aos documentos do caso, e o tema se tornou alvo de críticas de opositores que apontam para censuras e uma divulgação gradual que, segundo eles, favorece narrativas políticas. Em declarações públicas, autoridades do governo ressaltaram que a publicação contínua de materiais é prevista para ocorrer em ondas, com a promessa de disponibilizar centenas de milhares de páginas nas próximas semanas, sem, no entanto, garantir a divulgação total de todo o acervo.</p><p>Apesar do tom de cooperação do governo, defensores da transparência argumentam que a divulgação completa é essencial para esclarecer ligações entre Epstein, celebridades e figuras públicas, bem como para responder a dúvidas levantadas pela oposição. Observadores destacam que a presença do debate sobre Trump no contexto dos arquivos alimenta especulações sobre a relação entre política, mídia e investigações em curso, além de reforçar a necessidade de equilíbrio entre privacidade de vítimas, segurança de investigações e o direito da sociedade de conhecer os fatos.</p><h2>Contexto histórico do caso Epstein</h2><p>Jeffrey Epstein enfrentou acusações graves de exploração sexual de menores e operou por anos uma rede de tráfico que envolvia pessoas de destaque. Sua morte, ocorrida na prisão em 2019, ampliou as controvérsias e manteve o caso em evidência pública. A flamboyante lista de contatos do bilionário, bem como os vínculos com figuras políticas e da cultura, sempre alimentou debates sobre possíveis redes de proteção ou omissões institucionais. As novas liberações ocorrem em meio a discussões sobre quem pode acessar os arquivos e até que ponto informações sensíveis devem ser divulgadas, especialmente quando podem tocar em figuras de alto escalão da política e do entretenimento."}
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