
O acirramento entre EUA e Irã ganha nova dimensão, enquanto aliados tentam conter uma escalada. O Kremlin informou que o presidente russo, Vladimir Putin, ligou para o presidente iraniano Masou Pezeshkian para tratar do programa nuclear do Irã; o conteúdo da conversa não foi detalhado publicamente. Entre o choque de mensagens, a Rússia anunciou, nessa mesma data, a ativação de seu sistema de mísseis Oreshnik, uma defesa com componentes de carga nuclear, conforme o governo russo.
Contexto internacional: tensões EUA-Irã e o papel da Rússia
O episódio ocorre após Donald Trump defender, em um encontro com o premiê israelense Benjamin Netanyahu, a possibilidade de ataques adicionais contra o Irã caso haja indícios de retomada de atividades nucleares. Em suas falas, o presidente americano citou a ideia de derrubar novamente o Irã e, ao mesmo tempo, manteve a porta aberta para renegociar um acordo nuclear, afirmando que essa via seria mais inteligente.
Historicamente, o pulso entre as potências já levou a ataques militares no Irã, com o uso de força para debilitar infraestrutura nuclear. Relatos de época apontam que esses golpes atrasaram, mas não zeraram o programa iraniano. O Irã reconheceu danos a instalações, sem detalhar o alcance, e, meses depois, autoridades iranianas disseram que não estavam enriquecendo urânio em nenhum local. Israel também não descartou novas ações caso Teerã retome atividades nucleares.
Telefonema entre Putin e o líder iraniano: o que foi informado e o que resta esclarecer
Segundo o Kremlin, a ligação visava alinhar posições sobre o programa nuclear iraniano e reduzir riscos de escalada regional. Não houve divulgação de detalhes do teor da conversa, apenas a confirmação de que ocorreu. O governo russo, no entanto, informou a ativação do sistema de mísseis Oreshnik no mesmo dia, ressaltando que a tecnologia possui capacidade nuclear.
Analistas destacam que a Rússia tenta manter canais de diálogo com Teerã e com Washington, buscando limitar uma escalada que poderia afetar a estabilidade regional e aumentar a incerteza para mercados e aliados da região.





