Após casos de febre amarela em SP, Prefeitura de Manaus reforça que vacinação deve ser feita a partir dos 9 meses de vida

foto: Divulgação/Semsa

Diante da confirmação de novos casos de febre amarela no Estado de São Paulo, após três anos sem a doença, a Prefeitura de Manaus destaca a importância da vacina na prevenção contra a febre amarela. O imunizante deve ser administrado aos 9 meses de vida, com uma dose de reforço aos 4 anos de idade. Em Manaus, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço em 171 salas de vacinação.

A gerente de Vigilância Epidemiológica da Semsa, Cláudia Rolim, lembra que a febre amarela é uma doença imunoprevenível, e o risco da reintrodução da doença aumenta conforme a cobertura vacinal diminui. Cláudia informa, ainda, que Manaus não registra casos confirmados de febre amarela desde o ano de 2001.

De acordo com a gerente, o período de incubação do vírus é de 3 a 6 dias, podendo se estender até 15 dias, com potencial de rápida evolução para casos graves e alta letalidade. A exposição de pessoas não vacinadas em áreas endêmicas, como o interior do Amazonas e outros países da região amazônica, também aumenta o risco de infecção.

Cobertura vacinal

A Gerência de Imunização da Semsa informa que a cobertura vacinal contra febre amarela em Manaus, que considera crianças menores de 1 ano de idade, foi de 66,04% no ano de 2022. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%.

O esquema vacinal é de apenas uma dose, podendo ser feito até os 59 anos de idade. Porém, a recomendação é que as crianças sejam vacinadas, preferencialmente, aos 9 meses de vida, podendo receber uma dose de reforço aos 4 anos de idade.

A lista com as 171 salas de vacina da rede está disponível no link salasdevacinamanaus, com nove unidades que estendem o funcionamento até as 20h. Mais informações também podem ser obtidas nas redes sociais da secretaria (@semsamanaus no Instagram e Semsa Manaus no Facebook).

Sintomas

Cláudia acrescenta que metade dos casos, aproximadamente, é assintomático ou leve. Nos casos sintomáticos, são observados calafrios, febre súbita, dor nas costas, prostração, dor de cabeça intensa e contínua, falta de apetite, náuseas, vômitos e dores musculares.

Nos casos mais graves, os sintomas são diarreia, cor amarelada na pele, em especial nos olhos, parada de urinar e aumento dos vômitos. Nestes casos, também podem surgir sangramentos e danos severos ao fígado e aos rins, podendo levar a queda de pressão e coma.

“Cerca de 1/3 dos pacientes podem evoluir para casos graves e grande parte desses evolui para o óbito em uma semana. Não há tratamento específico para febre amarela. As formas graves são conduzidas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde são realizadas ações de suporte como hemodiálise e medicamentos para tratamento de choque hemodinâmico”, detalha a gerente de Vigilância Epidemiológica da Semsa.

Com informações da Prefeitura de Manaus