Apenas 32% das UTIs habilitadas pelo Ministério da Saúde continuam a receber dinheiro do governo

Ainda que o agravamento da pandemia de coronavírus no Brasil seja uma realidade comprovada por números – na última quarta-feira (10), o país registrou 59.602 novos casos e 1.330 mortes pela doença, semelhantes às taxas que marcaram a primeira onda –, a quantidade de leitos de UTI financiados pelo Ministério da Saúde exclusivamente para tratar pacientes com Covid-19 não caminha na mesma direção.

Segundo levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base nos balanços divulgados pelo Ministério da Saúde e Conselho Nacional dos Secretários Estaduais da Saúde (Conass), com dados atualizados até 10 de fevereiro, dos pouco mais de 20 mil leitos habilitados pela pasta federal no último ano, apenas 6,3 mil continuam recebendo aporte financeiro do governo. Outros 13,5 mil estão sem habilitação. Em caso de emergência sanitária declarada, o Ministério da Saúde se compromete a pagar parte dos gastos com os leitos intensivos utilizados.

A situação tem preocupado gestores estaduais, que precisam arcar com mais essas despesas diante do aumento de casos e internações graves.

Na última quarta-feira (10), o governador de São Paulo, João Doria, afirmou, durante entrevista coletiva, que apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reaver o custeio de leitos de UTI.

“Denunciamos que o Ministério da Saúde estava desabilitando leitos de UTI em praticamente todos os estados, em plena pandemia, no segundo pico da pandemia. São Paulo aguardou, comunicou, seguiu protocolo de solicitação, anunciei que aguardaríamos até ontem. Isso não foi feito”, afirmou.

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