Elon Musk anunciou nesta segunda (25) a compra do Twitter por US$ 44 bilhões. Sob a justificativa de tornar a rede social uma “arena” da liberdade de expressão, o homem mais rico do mundo avança na contramão do debate entre empresas e autoridades mundiais sobre a regulamentação do que é produzido e consumido na internet.
Com a compra, o bilionário ganha para si o acesso a 217 milhões de usuários mensais.
“O maior interesse do Musk é comprar um pedaço da esfera pública de discussão mundial e ter a capacidade de ajustar a arquitetura desse espaço”, explica Caio Vieira Machado, advogado e cofundador do Instituto Vero, organização voltada para a defesa de direitos na esfera pública digital.
Em entrevista ao podcast O Assunto, o especialista ainda explica os desafios que Elon Musk terá pela frente caso insista em implementar uma política ultraliberal na rede.
“No passado, o presidente do Twitter na época reconheceu que usuários estavam saindo da plataforma porque eles não estavam fazendo a moderação de conteúdo”, relembra o advogado.
“A partir do momento em que Elon Musk implementar na plataforma a visão dele de liberdade de expressão, ele vai necessariamente comprar uma briga com autoridades de países em que o Twitter opera, porque a visão dele não é o que vai coincidir com os padrões legais desses países.”
As informações são do G1.