O candidato ao governo do Amazonas, Amazonino Mendes (Cidadania), de 82 anos, que vem chamando atenção pelo seu estado debilitado, faltou entrevista ao vivo nesta quarta-feira (13) no Jornal A Crítica Notícia, da TV A Crítica.
De acordo com os apresentadores do telejornal, Dante Graça e Naiandra Amorim, a justificativa da assessoria do candidato foi de que ele teve um “conflito de agenda” e teve que faltar a sabatina que esclareceria suas propostas aos eleitores.
“A assessoria de Amazonino Mendes nos informou que por conflito de agenda o candidato não vai poder participar nesta quarta-feira (14) aqui conosco”, explicou Naiandra.
Rede Amazônica
Vale lembrar que a última entrevista de Amazonino na TV foi realizada na Rede Amazônica onde ele não conseguiu disfarçar sua dificuldade em falar e gerou uma repercussão negativa nas redes sociais onde vários internautas repercutiram o papo e destacaram que o político não tem mais condições de governar.
“Essa entrevista só mostra que o Amazonino não tem mais capacidade de governar, desde de que começou ta dando respostas vagas com conversa de ‘velho’, não consegue evoluir as respostas e é até muito cansativo de assitir #JAM1”, disse uma internauta.
“O Amazonino não consegue nem falar. Não consegue explicar o plano de governo. Votar nele, hoje, é regressão. Melhor o Amazonino aposentar da politica, ir descansar e dar espaço para outras pessoas”, opinou outro internauta.
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O comando de campanha de Amazonino tem tentado filtrar as informações para não deixar que o estado de saúde dele interfira na decisão dos eleitores na hora do voto, mas há preocupação com o atual cenário.
Respostas rudes
Durante a entrevista o político disse que “não tem nada a ver” com o caso Consladel, envolvendo contrato com os “corujinhas” usados na fiscalização de trânsito de Manaus durante sua administração na prefeitura da capital em 2012. Ao ser questionado também sobre uma casa no valor de R$ 1, declarada ao TSE, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, o político, em tom rude nas respostas, chegou a declarar: “Não interessa, mas a casa é humildilíssima“.
As afirmações foram dadas aos jornalistas e apresentadores da Rede Amazônica Lane Gusmão e Fábio Melo que estavam mediando o quadro “Entrevista com os Candidatos“.
“Um real? Eu acho que foi um equívoco“, responde Amazonino em tom de surpresa que complementa: “Eu tenho uma casa, realmente, humilde, muito humilde, em Arraial do Cabo. Deve ter alguma razão básica para que meu contador tenha feito essa declaração de R$ 1, porque eu mesmo não faria. Até porque, como eu mesmo seria tão idiota de declarar isso? Nem um sapato custa R$ 1. Então, há um equívoco que eu vou me apressar em rever imediatamente“, disse.
Em seguida, ao citar o ano de 2012, no qual a gestão municipal de Amazonino foi marcada pelo “escândalo da Consladel” (empresa responsável pela implantação de radares), a jornalista Lane Gusmão é interrompida ao relembrar o bloqueio de bens de secretários da Prefeitura e, inclusive, do próprio Amazonino Mendes.
“A Justiça chegou a solicitar o bloqueio de bens de secretários da Prefeitura e, inclusive, os seus”, diz Lane que, imediatamente, é atravessada por Mendes que retruca: “Meu, não“, salienta o candidato incomodado com a fala da apresentadora que pede licença para concluir a pergunta de como evitaria um novo escândalo durante o próprio governo, caso eleito.
“Eu não tenho nada a ver com isso. Eu não sei nem o que é isso, para te confessar honestamente. Isso é um assunto que o secretário da época, evidentemente, deve ter suas alegações. Eu, pessoalmente, ao que tive conhecimento, até então, com relação a isso, nada de grave, que eu saiba, pelo menos“, responde Amazonino salientando “não ter nada a ver com a ação de terceiros”.
“Mas o senhor era prefeito, na época“, diz Lane Gusmão, que é rebatida pelo candidato ao Governo do Amazonas com um simples “Sim, e daí?“. Mesmo negando ter conhecimento e tentando desviar das respostas voltadas ao tema, há denúncias apresentadas pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) na qual afirmam que a Prefeitura, por meio do IMMU, e a empresa Consladel teriam desviado cerca de R$ 40 milhões dos cofres públicos.
As informações são do AM Post.