
O Governo do Amazonas e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) abriram diálogo para formular políticas públicas que atendam refugiados diante da emergência climática. Na quarta-feira (15), o vice-governador Tadeu de Souza recebeu uma comitiva da entidade, em seu gabinete na sede do governo, bairro Compensa.
Tadeu de Souza apresentou o trabalho desenvolvido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e destacou a reunião com o Acnur como medida estratégica diante de uma possível estiagem severa nos próximos meses, agravada pelas mudanças climáticas.
“Estamos nos antecipando à possível estiagem severa em 2024 e abrir esse diálogo com o Acnur, que tem expertise em ações de ajuda humanitária, é importante para que possamos articular medidas para mitigar os impactos da seca que deve atingir não apenas os refugiados, mas toda a população amazonense. O Acnur pode contribuir para as políticas públicas preventivas”, ressaltou o vice-governador.
Para os representantes do Acnur, o Amazonas se notabiliza por desempenhar um papel exemplar no acompanhamento da temática do refúgio na região Norte do Brasil, mas há a preocupação de que as mudanças climáticas possam trazer impactos com a intensificação de deslocamentos forçados de novos grupos de refugiados.
O representante da entidade no Brasil, Davide Torzilli, disse que o diálogo com o Governo do Estado é importante para que medidas preventivas, diante da emergência climática, sejam adotadas em favor da proteção de pessoas refugiadas que residem e transitam no estado. Ele elogiou o trabalho de acolhimento feito pela gestão Wilson Lima.
“O Governo do Amazonas é estratégico nessa resposta humanitária e é um exemplo na esfera estadual aqui no Brasil e, também, em nível global. Outra pauta de discussão com o vice-governador foi a conexão entre a mudança climática, o impacto do desastre e o deslocamento das pessoas. Então, o Acnur está muito engajado nessa pauta, queremos colaborar”, declarou.