Um acidente ferroviário envolvendo dois trens que levavam turistas a Machu Picchu teve desfechos de alto impacto, com uma morte confirmada, cerca de 40 feridos e a suspensão temporária do serviço para facilitar o resgate. Entre os passageiros, uma brasileira viveu o susto em primeira mão: Laís Torgeski, de Rondônia, registrou os momentos do choque e a resposta das equipes de socorro.
Como aconteceu e o que a passageira viveu
Conforme o relato de Laís, o grupo de nove pessoas embarcou por volta das 12h35, no trajeto de Cusco a Machu Picchu, com destino ao sítio arqueológico. O impacto ocorreu após uma curva, quando os dois vagões colidiram. A brasileira descreveu o susto, dizendo que o trem bateu com força intensa e que objetos se espalharam pelo interior do veículo. Havia também uma banda de música a bordo para entreter os passageiros, segundo o relato.
Ela e familiares ocupavam os primeiros bancos do vagão que colidiu. Um passageiro que ainda estava no banheiro ficou ferido com o nariz; alguns sofreram arranhões e pancadas, mas o grupo de Laís saiu praticamente ileso. Houve relato de cheiro de gás e demora para abrir as janelas, o que dificultou a evacuação, mas todos conseguiram sair, com a irmã de Laís entre os que deixaram o trem.
Pontos de resgate e contexto para o turismo
O governo peruano informou que o transporte ferroviário para Machu Picchu foi temporariamente suspenso para permitir o resgate das vítimas. Os feridos foram encaminhados para hospitais na região de Cusco. Segundo Laís, não havia médicos a bordo, mas um passageiro com treinamento médico ajudou no atendimento, e o grupo ficou cerca de duas horas no local antes de conseguir deixar a área.
Machu Picchu é Patrimônio Mundial desde 1983 e recebe, em média, milhares de visitantes diários, muitos deles estrangeiros. A rota de trem que liga Cusco a Machu Picchu é uma das mais utilizadas para o acesso ao sítio, lembrando que incidentes na linha já ocorreram anteriormente, como em 2018, quando houve uma colisão semelhante que deixou dezenas de feridos.
