
Um ataque atribuído aos Estados Unidos contra a Venezuela foi descrito por fontes ouvidas pelo The New York Times como tendo sido conduzido pela CIA, em um porto venezuelano associado a redes de narcotráfico. Segundo as informações, a ofensiva ocorreu na semana passada e teve o anúncio feito pelo presidente Donald Trump nesta segunda-feira, 29, marcando a primeira incursão de forças americanas dentro do território venezuelano desde o início da pressão sobre o governo de Nicolás Maduro. As fontes indicam que não houve mortes na operação.
Detalhes do ataque e declarações de Trump
Trump confirmou o episódio ao falar com jornalistas, mencionando uma grande explosão na área do cais onde são carregadas as embarcações usadas no tráfico e afirmou que a área existia apenas como memória. O presidente não especificou o alvo nem confirmou oficialmente a participação de agências dos EUA. Até o momento, o governo venezuelano não comentou o ataque e o Pentágono não se manifestou publicamente sobre o episódio.
Contexto estratégico e desdobramentos potenciais
Analistas veem a ação como parte de uma escalada da campanha de pressão dos EUA contra o regime de Maduro, que já envolveu sanções, movimentação de navios e ações de alto-mar. A reportagem aponta que, segundo fontes, os Estados Unidos teriam interesse em contestar o controle de recursos venezuelanos, incluindo reservas de petróleo, além de atacar estruturas associadas ao narcotráfico para isolar o governo venezuelano internacionalmente. Este episódio representa uma mudança em relação às operações anteriores, que ocorreram principalmente em águas internacionais ou contra embarcações vinculadas a Caracas.
Repercussões regionais e próximos passos
Especialistas alertam para a possibilidade de tensões maiormente favoráveis a retaliações diplomáticas ou a uma resposta de interesses regionais, com a Venezuela buscando consolidar sua narrativa de agressão externa. O caso reacende o debate sobre o papel dos EUA na região, a legitimidade de ações encobertas e as implicações para a estabilidade do Caribe, já historicamente marcada por tensões entre Washington e Caracas.





