
Na véspera de ano novo, a Malásia anunciou a retomada das buscas pelo MH370, o Boeing 777 que sumiu em 2014 com 239 pessoas a bordo. A nova operação começa em 30 de dezembro e representa a terceira tentativa de localizar destroços ou sinais concretos que expliquem o percurso do voo entre Kuala Lumpur e Pequim.
Contexto: o desaparecimento e o peso da incerteza
Em março de 2014, o avião perdeu contato com os controladores pouco depois da decolagem de Kuala Lumpur. A trilha de dados de satélite indicou que o trajeto provável se estendia sobre o sul do Oceano Índico, longe de áreas de busca iniciais que cobririam vastas regiões. Ao longo de anos, apenas fragmentos isolados de destroços foram encontrados, sendo a peça mais relevante o flaperon descoberta em 2015 na Ilha da Reunião. Mesmo com análises técnicas que sugerem manipulação de controles, ainda não houve conclusão definitiva sobre quem dirigia a aeronave.
Como será a nova operação
A área designada para a busca, de cerca de 15 mil quilômetros quadrados, fica no setor central do Oceano Índico. A missão, que deverá se desenrolar em 55 dias intermitentes, é executada pela empresa Ocean Infinity, com remuneração de até 70 milhões de dólares se destroços significativos forem encontrados. A operação contará com tecnologia de varredura submarina de alta precisão, buscando otimizar as chances diante das limitações das tentativas anteriores.
Desafios e perspectivas
Especialistas lembram que encontrar destroços não garante uma solução rápida sobre o destino do voo. A vastidão do oceano, as condições climáticas e a dispersão de peças ao longo de milhares de quilômetros dificultam a obtenção de uma conclusão imediata. Ainda assim, as famílias esperam por respostas, enquanto autoridades reiteram o compromisso com uma apuração responsável e transparente.





