
Os Correios anunciaram nesta segunda-feira um plano de reestruturação com o objetivo de fechar aproximadamente 1.000 das 6.000 unidades próprias do país, buscando reduzir déficits acumulados desde 2022. A medida prevê economia de cerca de 2,1 bilhões de reais com o fechamento de unidades, sem comprometer a universalização do serviço, já que parte do atendimento ocorre por meio de parcerias, totalizando cerca de 10 mil pontos de atendimento no Brasil.
Plano de reestruturação e agências: a administração informa que a reorganização envolve a redução de unidades próprias em cerca de 16 por cento, o que significa o fechamento de parte do espaço físico, mantendo a presença da estatal em todo o território nacional para não excluir regiões de baixo acesso.
Demissões voluntárias e corte de despesas
O projeto inclui dois programas de demissão voluntária com a meta de reduzir o quadro de funcionários em até 15 mil até 2027. Além disso, revisões nos planos de saúde e de previdência dos servidores devem reduzir custos, contribuindo para queda anual de despesas com pessoal estimada em 2,1 bilhões.
Finanças, empréstimos e possível reestruturação societária
Para reforçar o caixa, a empresa já contratou um empréstimo de 12 bilhões e busca mais 8 bilhões para equilibrar as contas em 2026. A partir de 2027, há avaliação de uma mudança na estrutura societária, com possibilidade de abrir o capital ou transformar os Correios em uma empresa de economia mista, em linha com modelos de Petrobras e Banco do Brasil.
Contexto setorial e o papel da estatal
A crise financeira tem raízes na transição tecnológica e na consagração de novos players no comércio eletrônico, que reduziram a demanda por envio de correspondências. A empresa cita ainda comparações globais, incluindo a experiência da USPS, para ilustrar a necessidade de ajustes para manter a viabilidade.
O território nacional permanece no centro da estratégia: mesmo com o fechamento de unidades, o objetivo é preservar a universalidade do serviço e a conectividade entre regiões, com a eventual venda de ativos como parte do plano de recuperação.
Com informações da Agência Brasil.





