
Salvador, 26 de dezembro — O presidente Lula expressou pesar pela morte de Mãe Carmen Oxaguian, ialorixá de 98 anos que conduzia o Terreiro do Gantois, um dos mais tradicionais terreiros de candomblé do Brasil, em Salvador. A notícia provocou reverberação entre lideranças religiosas e artistas, com o governo destacando o papel histórico da comunidade na cultura baiana e nacional.
Legado de Mãe Carmen e a influência do Gantois
Ao longo de mais de duas décadas à frente do Ilé Iyá Omi Àṣẹ Iyámase, Mãe Carmen manteve viva a prática do candomblé e zelou pela transmissão de saberes ancestrais que moldaram a identidade religiosa negra no país. Seu trabalho foi visto como ponte entre tradições africanas e a vida cotidiana de brasileiros, fortalecendo a presença de mulheres liderando espaços sagrados.
Repercussões e reconhecimento
O anúncio gerou manifestações de figuras públicas ligadas à cultura e aos direitos humanos. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a liderança firme e o papel de acolhimento da ialorixá, enquanto o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania manifestou solidariedade à comunidade do Gantois. O músico Gilberto Gil também prestou condolências, lembrando a importância de seu legado para a memória cultural do país.
Biografia e velório
Conforme o registro biográfico, Mãe Carmen nasceu Carmen Oliveira da Silva, em 29 de dezembro de 1926, na casa de candomblé, foi iniciada aos sete anos e, desde 2002, conduzia o terreiro em Salvador. Ela deixa duas filhas, três netos e quatro bisnetos. O velório segue até este sábado, quando haverá o sepultamento na capital baiana.
Com informações da Agência Brasil.





