
Em meio a uma escalada de tensões na região, os Estados Unidos pedem que a China suspenda a pressão sobre Taiwan e reabra os canais de diálogo. Nesta sexta-feira, Pequim anunciou sanções contra 10 indivíduos e 20 empresas de defesa dos EUA ligadas à venda de armas para Taiwan, que a China considera território sob sua soberania. O anúncio foi divulgado pelo Departamento de Estado americano, que reiterou o compromisso de apoiar Taiwan e manter uma dissuasão credível na região. Em reposta, autoridades chinesas disseram que as medidas visam punir atores envolvidos e que não hesitarão em intensificar treinamentos para proteger a soberania. O pacote de armas aprovado recentemente, no valor de 11,1 bilhões de dólares, reforça a cooperação entre Washington e Taipei. A defesa chinesa afirmou que tomará medidas enérgicas para defender a soberania e a integridade territorial. Enquanto isso, Washington reforçou o papel de Taiwan como aliado estratégico e lembrou que a estabilidade da região depende de canais de diálogo abertos.
Contexto atual e reação de Washington
O Departamento de Estado dos EUA criticou as ações de Pequim e destacou que Washington continuará apoiando Taiwan e buscando estabilidade na região. Autoridades americanas afirmaram que acompanham de perto a atividade militar e que a parceria com aliados, incluindo Taiwan, permanece prioritária para a política externa dos EUA.
Sanções chinesas e o peso econômico
As medidas anunciadas pelo governo chinês congelam ativos de 10 indivíduos e 20 empresas de defesa norte-americanas e impedem relações comerciais com entidades nacionais sancionadas, conforme comunicado oficial do Ministério das Relações Exteriores. A China justificou as sanções como resposta a ações que considera provocativas, especialmente no contexto de vendas de armas para Taiwan. O anúncio ocorre em meio a um histórico de tensões bilaterais e à recente aprovação de um novo pacote de armas para Taiwan no valor de 11,1 bilhões de dólares.
Histórico de tensões sino-taiwanesas
A relação entre China e Taiwan tem raízes profundas na história do século XX. A China continental reivindica Taiwan como parte de seu território, enquanto Taiwan opera com governo próprio desde a guerra civil que terminou em 1949. O chamado Consenso de 1992 estabelece apenas uma China, mas cada lado interpreta essa ideia de forma diferente. Nos últimos anos, as pressões militares e diplomáticas de Pequim aumentaram, enquanto Taiwan tem buscado manter relações com aliados ocidentais, principalmente os Estados Unidos, o que eleva o risco de um desdobramento regional.





