
No seu primeiro Natal como líder da Igreja Católica, o Papa Leão XIV abriu a celebração da Urbi et Orbi com um chamado à paz entre Rússia e Ucrânia e uma clara lembrança das situações humanitárias em Gaza. O pontífice ressaltou a fragilidade de civis em guerras, mencionou refugiados e jovens obrigados a pegar em armas, e pediu diálogo sincero e respeitoso à comunidade internacional, incluindo a América Latina.
Apelo pela paz entre Rússia e Ucrânia: coragem para o diálogo direto
Durante a homilia, o pontífice pediu que Moscou e Kiev encontrem a coragem para dialogar diretamente, com o respaldo da comunidade internacional, para chegar a um acordo que encerre a guerra. Ele enfatizou que negociações reais dependem de ações comuns, não de unilateralismos, e sublinhou a importância de ouvir o outro como condição para a paz.
Crise humanitária em Gaza: atenção às tendas e ao inverno
O Papa dedicou atenção especial à população civil de Gaza, descrevendo as tendas expostas à chuva, ao vento e ao frio, e destacando que centenas de milhares enfrentam um inverno difícil. Ele associou a encarnação de Jesus a uma tenda frágil entre nós para lembrar os deslocados, refugiados e os sem-teto que vivem em diferentes continentes.
Jovens e migrantes: paz nasce do ouvir e do diálogo
Leão XIV também mencionou jovens forçados a pegar em armas, afirmando que a paz só nascerá quando nossos monólogos forem interrompidos e, acolhendo o outro, reconhecermos sua dignidade e necessidades. Ele pediu que o diálogo, acompanhado da escuta, se torne a base de decisões de quem lidera.
América Latina, migrantes e Haiti: chamado ao diálogo político pelo bem comum
O pontífice estendeu o apelo aos líderes da América Latina, pedindo que priorizem o diálogo pelo bem comum e rejeitem exclusões ideológicas. Em tom específico, ele mencionou a situação no Haiti, pedindo o fim de toda violência e o caminho da reconciliação para o país.
O Urbi et Orbi e o tom da celebração
Ao final da missa, Leão XIV proferiu a tradicional bênção Urbi et Orbi a partir da sacada da Basílica de São Pedro, sob chuva, reiterando a mensagem de caridade, esperança e responsabilidade de líderes religiosos e políticos diante dos conflitos atuais.





