Novo salário mínimo de R$ 1.621 em 2026: como fica a atualização pela inflação e pelo crescimento econômico, teto de gastos e impactos para trabalhadores


O salário mínimo brasileiro para 2026 será de R$ 1.621. A atualização do piso segue a regra oficial: atualização anual pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses até novembro, acrescida do ganho da economia brasileira de dois anos antes, referente a 2024, com o teto de gastos limitando o reajuste a, no máximo, 2,5% ao ano. Esse modelo busca assegurar ganho real no piso, diferindo de políticas que reajustavam apenas pela inflação, segundo explicações oficiais e análises técnicas.


Como funciona a atualização do mínimo

O INPC, que mede a inflação de base de consumo, é somado ao crescimento econômico de 2024 para chegar ao novo piso. O teto de gastos atua como limitador institucional, impedindo variações superiores a 2,5% ao ano. Especialistas apontam que esse arranjo procura manter o poder de compra sem comprometer o equilíbrio fiscal.


Impactos para trabalhadores e economia

Segundo estimativas do governo, cerca de 62 milhões de brasileiros recebem o benefício mínimo. Com o reajuste para R$ 1.621, o governo estima um impacto econômico de aproximadamente 81,7 bilhões de reais, refletindo em maior consumo e circulação de renda entre famílias de baixa renda.

Contexto histórico e críticas ao modelo

Ao longo de governos anteriores, reajustes vinculados apenas à inflação foram criticados por não garantirem uma recomposição real do poder de compra, principalmente quando houve elevação de preços de itens básicos como alimentação. O Dieese destacou que a reposição inflacionária entre 2020 e 2022 não foi suficiente para neutralizar o peso dos alimentos no orçamento de famílias pobres.

Com informações da Agência Brasil.