Cotação do ouro ultrapassa US$ 4.500 com expectativa de cortes de juros nos EUA e tensão geopolítica entre EUA e Venezuela


O ouro encerrou o pregão em patamar acima de US$ 4.500 por onça nas negociações da sessão asiática, refletindo demanda por ativos de proteção em meio a incertezas geopolíticas e à expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve no próximo ciclo. A cotação chegou a US$ 4.519,78 por onça, mantendo uma valorização expressiva ao longo de 2025, próximo de 70% no acumulado do ano.


Mercado do ouro e outras commodities sob influência de riscos geopolíticos

A prata, o cobre e a platina também atingiram recordes recentes, sinalizando um movimento coordenado de busca por segurança e por metais com uso industrial. Analistas apontam que o impulso vem tanto de fatores geopolíticos quanto de perspectivas monetárias, com o mercado avaliando a possibilidade de acomodação gradual da política de juros nos EUA.


Contexto geopolítico: EUA, Venezuela e as repercussões no mercado

Observa-se um incremento da tensão entre Washington e Caracas, após declarações de autoridades americanas sobre a viabilidade de mudanças de poder na Venezuela. Medidas de contenção, sanções e presença naval têm sido citadas como suportes à percepção de maior risco, o que tende a sustentar a demanda por ativos de refúgio como o ouro.

Paralelamente, dados macroeconômicos dos EUA sinalizam um cenário mais robusto do que o esperado. O crescimento do PIB do terceiro trimestre ficou em 4,3% anualizado, o que alimenta o otimismo entre investidores e moderou as apostas em cortes de juros mais agressivos no curto prazo. O mercado acionário também reagiu positivamente, com o S&P 500 atingindo novos níveis de referência.

Perspectivas para 2026 e impactos para os investidores

Com o humor do mercado se alinhando a um cenário de maior confiança, os operadores preparam-se para um 2026 de volatilidade moderada, mas com oportunidades para ativos que funcionam como proteção contra choques econômicos. Enquanto a inflação contida e o desempenho econômico global seguem como variáveis-chave, investidores avaliam o equilíbrio entre manter ativos de proteção, como o ouro, e explorar oportunidades em ações e metais industriais.