
O início de 2026 traz alívio direto ao bolso do consumidor: janeiro começará com a bandeira tarifária verde, o que significa que não haverá acréscimo na conta de energia pelo consumo mensal. A decisão, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), reflete um cenário de segurança energética impulsionado por reservatórios de hidrelétricas em níveis estáveis e por menor necessidade de acionar usinas termelétricas mais caras.
O que muda em janeiro e por que isso é relevante para o bolso do consumidor
Com a bandeira verde em vigor, não haverá cobrança adicional por cada 100 kWh consumido. A Aneel apontou que, apesar de o período chuvoso ter começado com chuvas abaixo da média histórica, as variações observadas nos últimos meses mantiveram o volume de água suficiente para sustentar o sistema elétrico sem recorrer a ativos mais caros.
Essa leitura explica a ausência de custo extra em janeiro, já que o despacho de energia não exigirá o mesmo nível de operação de usinas termelétricas, cujo custo de geração é mais elevado e está associado a impactos ambientais mais relevantes.
Contexto da bandeira tarifária e o papel das chuvas na matriz energética
A bandeira tarifária reflete variações de custo na geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN). Nas cores verde, amarela e vermelha, o custo é repassado ao consumidor de forma direta a cada 100 kWh. Em dezembro, houve a mudança da bandeira vermelha para o patamar amarelo, reduzindo o adicional na conta em cerca de R$ 4,46 por 100 kWh, chegando a um patamar de aproximadamente R$ 1,885 por 100 kWh.
Especialistas enfatizam que, mesmo com o aumento da participação de fontes renováveis como solar e eólica, a geração hidrelétrica continua sendo a base da matriz energética brasileira. O desempenho das hidrelétricas depende fortemente do volume de chuvas nas principais bacias hidrográficas, o que pode influenciar a necessidade de acionamento de outras fontes ao longo do ano.
O Ministério de Minas e Energia aponta que a adoção da bandeira verde em janeiro sinaliza um cenário estável para 2026, com menor pressão sobre custos adicionais e menor emissão de gases de efeito estufa por conta do menor uso de usinas termelétricas a partir de combustíveis fósseis.
Com informações da Agência Brasil.





