
Em meio a críticas sobre a possível flexibilização do teto anual de passageiros do Aeroporto Santos Dumont, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, confirmou que se reunirá com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, na primeira quinzena de janeiro para discutir saídas que possam atender aos interesses da cidade e do estado. Paes destacou, em rede social, a atuação do ministro na coordenação dos aeroportos fluminenses e a necessidade de avançar com a melhor solução para o Rio e para o Brasil.
O prefeito também mencionou o apoio do presidente Lula ao tema, reforçando o eixo de cooperação entre governo federal e municipal na agenda aeroportuária.
Conflito entre Santos Dumont e Galeão impulsiona agenda de autoridades
A discussão ganhou contornos públicos após Paes sugerir que haja atuação de forças na ANAC para ampliar o teto de passageiros do Santos Dumont. A ANAC, vinculada ao Ministério dos Portos e Aeroportos, repudiou as declarações do prefeito e ressaltou que as decisões são tomadas de forma transparente, com diálogo com as companhias aéreas.
Impactos recentes no tráfego entre Santos Dumont e Galeão
Dados da Infraero e da concessionária RioGaleão indicam que, após a imposição do teto, o Santos Dumont registrou queda de passageiros para cerca de 5,7 milhões por ano. O Galeão, por sua vez, mostrou recuperação, chegando a 16,1 milhões. No conjunto, os aeroportos do Rio somaram 21,8 milhões de passageiros em 2025, contra 17,7 milhões em 2023, um aumento de 23%.
Repactuação do Galeão e expectativas de venda
O Galeão foi concedido à iniciativa privada em 2014; após renegociação concluída em 2024, com aprovação do TCU em junho, o processo de venda assistida está previsto para 30 de março de 2026, com lance mínimo de R$ 932 milhões e transferência de 49% da participação da Infraero ao vencedor.
Próximos passos e postura institucional
A ANAC e o Ministério dos Portos afirmam que as conversas sobre ampliar o teto de passageiros no Santos Dumont ocorrem com transparência e diálogo com as companhias aéreas, enquanto Paes e aliados defendem soluções para o Rio no curto e médio prazo.
Com informações da Agência Brasil.





