
A divulgação desta terça-feira mostra que o Departamento de Justiça dos EUA liberou uma nova remessa de documentos ligados ao caso Jeffrey Epstein. O conjunto divulgado hoje soma mais de 11 mil itens, elevando para cerca de 300 mil páginas o total tornadas públicas desde o início do processo. Epstein, que já foi condenado por abuso de menores e por manter uma rede de exploração sexual, morreu em custódia em 2019. O material divulgado agora envolve fotos, gravações de áudio, registros judiciais, documentos do FBI e centenas de vídeos, incluindo imagens de vigilância de agosto de 2019, data em que o bilionário foi encontrado morto.
O que há de novo nos arquivos divulgados hoje
A segunda remessa amplia o leque de conteúdos já vistos. Entre as peças, há registros fotográficos que mostram Epstein ao lado de figuras públicas, além de materiais de investigação, relatórios do FBI e centenas de vídeos. Parte dos itens traz referências a atividades ocorridas na década de 2000 e nos anos seguintes, com muitos trechos ainda censurados ou parcialmente visíveis por salvaguardas legais.
Contexto político e histórico do caso Epstein
O caso voltou a ganhar dinamismo em meio a um clima de escrutínio sobre o papel de poder e de celebridades. Em novembro, o Congresso dos EUA aprovou uma lei que obriga a divulgação das informações da investigação, medida sancionada pelo presidente da época. A divulgação mais recente ocorre em meio a críticas por parte da oposição, que acusa a justiça de lentidão e de censura de trechos sensíveis, bem como de preocupações sobre investigações ainda em curso envolvendo figuras associadas a Epstein.
O que esperar nos próximos dias e o que resta nos arquivos
O acervo público deve crescer ainda mais, com o governo sinalizando que dezenas de milhares a centenas de milhares de documentos devem continuar a ser tornados públicos nas próximas semanas, embora nem todo o conjunto seja divulgado. O objetivo oficial é equilibrar transparência com proteção de vítimas e investigações em curso. Além disso, o material já divulgado reforça o debate político sobre a relação entre Epstein, Trump e outras figuras influentes, tema que continuará a influenciar a agenda de liberação de dados nos próximos meses.





