Ampliação de voos no Santos Dumont até 2026: ministro confirma teto de 8 milhões de passageiros para o aeroporto do centro do Rio


O centro do Rio de Janeiro começa a receber uma mudança significativa na gestão de voos com a confirmação de um aumento no teto de passageiros do Aeroporto Santos Dumont. Em 2026, o limite deverá chegar a até 8 milhões de viajantes por ano, ante os 6,5 milhões atuais, com a liberação estimada de entre 1 milhão e 1,5 milhão de passageiros adicionais. A medida é apresentada como forma de ampliar a oferta de voos sem prejudicar as operações no Galeão, segundo afirma o ministro Silvio Costa Filho.


Como ficará a divisão entre Santos Dumont e Galeão

O ministro destacou que a ampliação não foi imposta de forma unilateral. O acordo teve início a partir de negociações abertas em junho com a participação de diferentes atores do setor, incluindo a concessionária RioGaleão, a Anac e técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU). O entendimento manteve o acompanhamento da prefeitura do Rio e do Governo do Estado, além de envolver a própria Anac, o Ministério de Portos e Aeroportos e a presidência do TCU, sob a liderança do relator Benjamin Zymler.


Contexto recente e números de tráfego no Rio

Historicamente, o Santos Dumont operava com um teto de 6,5 milhões de passageiros. Após a adoção de limites em 2023, o tráfego no aeroporto central recuou para cerca de 5,7 milhões. Em contrapartida, o Galeão vivenciou crescimento expressivo, ampliando de aproximadamente 6,8 milhões para cerca de 16,1 milhões de passageiros. No conjunto, os aeroportos do Rio registraram alta de 23% no movimento, passando de 17,7 milhões em 2023 para 21,8 milhões em 2025, segundo dados da Infraero e da concessionária RioGaleão.

Posições políticas e próximos passos

O prefeito Eduardo Paes reagiu criticando a ideia de ampliar o fluxo de passageiros no Santos Dumont, classificando as informações como rumores e apontando possíveis pressões internas em órgãos reguladores. A Anac divulgou nota afirmando que atua com transparência, em conformidade com diretrizes do governo federal e do TCU, rejeitando acusações de manobras ocultas. O ministro Costa Filho argumentou que o acordo representa um equilíbrio entre aeroportos, defendendo a importância de manter o crescimento do Galeão ao mesmo tempo em que se busca fortalecer o Santos Dumont, para sustentar a economia da cidade.

Para 2026, a expectativa é de que o Santos Dumont opere com o teto ampliado, mantendo o planejamento de crescimento do Galeão e assegurando a presença de novas companhias aéreas no Rio de Janeiro, em alinhamento com as necessidades econômicas e turísticas da região.

Com informações da Agência Brasil.