Dinamarca e Groenlândia rejeitam tentativa de controle dos EUA após indicação de enviado especial de Trump


Dinamarca e Groenlândia endureceram nesta segunda-feira a defesa de sua soberania sobre a Groenlândia, reagindo ao anúncio de que os EUA nomeariam um enviado especial para a ilha. A indicação de Jeff Landry, governador da Louisiana, reacende tensões sobre o interesse americano no território semiautônomo, aliado da OTAN e riquíssimo em minerais estratégicos. Com Copenhague e Nuuk reiterando que fronteiras e integridade territorial são protegidas pelo direito internacional, o episódio evidencia a delicada interseção entre segurança, economia e geopolítica no Ártico.


Contexto geopolítico: Groenlândia recursos e influência dos EUA

A Groenlândia fica no centro de disputas por recursos e controle estratégico no Ártico. Embora sob a égide da Dinamarca, o território goza de autonomia e tem atraído atenção por suas reservas minerais e por sua posição geográfica privilegiada. Autoridades dinamarquesas reiteram que a soberania do reino é indivisível e protegida pelo direito internacional, rejeitando qualquer ideia de anexação ou mudança de status sem consentimento dos dois governos.


Diplomacia em jogo: reação de Copenhague e Nuuk

O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Løkke Rasmussen, afirmou que o interesse norte-americano pela Groenlândia é legítimo, mas que o respeito à integridade territorial é obrigatório. O primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, disse ter ficado surpreso com o anúncio, mas afirmou que a posição de Nuuk não muda. Em resposta, o governo dinamarquês indicou que convoca o embaixador dos EUA em Copenhague para alinhar as mensagens oficiais.

Reação internacional e o que vem a seguir

A Comissão Europeia reafirmou a importância de preservar as fronteiras e a inviolabilidade territorial do reino. Analistas lembram que o tema costuma ressurgir em momentos de transição de poder nos EUA e que, por ora, não há sinal de uma mudança de política americana. Diplomatas destacam a necessidade de manter o diálogo para esclarecer questões de jurisdição, segurança e cooperação na região ártica.