
Um vídeo em que casas aparecem sendo sacudidas foi amplamente compartilhado nas redes sociais com a alegação de que registrava um forte terremoto ocorrido em dezembro de 2025 no Japão. A verificação mostrou que a gravação é anterior: cópias do mesmo material foram publicadas em janeiro de 2024, o que desliga o conteúdo do suposto evento de 2025 e classifica a circulação recente como enganosa.
Como a checagem identificou a data verdadeira
A investigação rastreou publicações e versões antigas do vídeo e encontrou postagens com data de janeiro de 2024 contendo as mesmas imagens. Esse tipo de correspondência — quadros idênticos, ângulos e duração — é um indício forte de que não se trata de um registro novo. Além disso, verificadores costumam cruzar publicações com relatos oficiais e bases de dados sísmicas para confirmar a ocorrência e a cronologia dos abalos; no caso em questão, a origem do clipe é anterior à narrativa propagada em 2025.
Por que a circulação de vídeos fora de contexto é problemática
Reusar imagens antigas como se fossem registros de eventos recentes pode gerar pânico, desinformação e confundir respostas de emergência. Em cenários de desastre, isso também atrapalha o trabalho de autoridades e jornalistas, que precisam separar relatos verídicos de material desatualizado.
Como checar vídeos semelhantes antes de compartilhar
Procure versões antigas: faça buscas reversas por imagens ou trechos do vídeo para ver se foram publicados anteriormente.
Consulte fontes oficiais: em casos de terremoto, confira comunicados de agências sísmicas do país afetado, como a agência meteorológica local, e veículos de imprensa confiáveis.
Analise metadados e contexto: timestamps, legendas anteriores, localização indicada e relatos locais ajudam a confirmar quando e onde um registro foi feito.
Conclusão
O material que circulou alegando mostrar casas tremendo durante um suposto terremoto de dezembro de 2025 no Japão é falso quanto à data: trata‑se de um vídeo já publicado em janeiro de 2024. A circulação fora de contexto reforça a necessidade de checagem antes de compartilhar conteúdos sensíveis.




