Durante o segmento de alto nível ministerial da COP 16, na terça-feira (29), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, pontuou que é necessário definir parâmetros adequados para avançar de maneira célere na implementação dos objetivos pactuados na última COP 15, realizada no Canadá, em 2022.
De acordo com a ministra, o Brasil usou a liderança do G20 para demonstrar a necessidade urgente de agir pela defesa dos ativos naturais e do equilíbrio do planeta. “Propusemos o mecanismo Florestas Tropicais para Sempre, que visa gerar um fluxo de apoio financeiro permanente aos países tropicais que conservam suas florestas em benefício de toda a humanidade”, ressaltou.
O fundo tem o intuito de remunerar países em desenvolvimento que conservam suas florestas tropicais, destinando o capital investido a ativos verdes e aplicando o retorno para manter as florestas de pé. Na última segunda-feira (28), cinco países confirmaram apoio ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, Tropical Forests Forever Facility): Alemanha, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Malásia e Noruega. Os países firmaram o compromisso de continuar o trabalho conjunto para definir a arquitetura do mecanismo, que será lançado na COP 30, em novembro de 2025, em Belém.
Marina detalhou que, no G20, o Brasil também promoveu, pela primeira vez, o diálogo entre ministros de Finanças, de Clima e do Meio Ambiente, e que foram adotados os 10 princípios da bioeconomia. “Para implementar nossas metas, temos desenvolvido várias iniciativas, como o ambicioso Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa, com 12 milhões de hectares, e o Programa Áreas Protegidas da Amazônia, que agora irá promover a inclusão socioeconômica das comunidades locais. Concluiremos, também, ainda este ano, a nossa Estratégia Nacional para Biodiversidade”, frisou.
A preservação da biodiversidade se traduz também no compromisso assumido pelo presidente Lula de zerar o desmatamento até 2030, segundo a ministra. “Já temos resultados importantes a comemorar: reduzimos o desmatamento na Amazônia em 50% em 2023 e, este ano, já conseguimos reduzir em mais de 30%”, explicou.