A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), atualizou, na quarta-feira (18), o informe epidemiológico da Mpox no estado. Até o momento, foram registradas 46 notificações, com 7 casos confirmados, 32 descartados e 7 ainda sob suspeita. Não há registro de óbitos pela doença.
Ao Portal Manaus Alerta, a gerente de Doenças Transmissíveis da Vigilância Epidemiológica da FVS-RCP, Lilian Furtado, informou que a principal forma de prevenir a Mpox é evitar o contato direto com pessoas que apresentam erupções cutâneas características da doença.
“Evitar pegar e tocar objetos usados pela pessoa infectada como lençóis, toalhas e roupas, evitar compartilhar talheres, copos e utensílios de uso pessoal para uma pessoa que apresenta sintomas, lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 30 segundos e fazer uso de álcool em gel a 70%. Evitar contato desprotegido com animais selvagens, especialmente os doentes ou mortos. Cozinhar bem os alimentos que contenham carnes ou derivados animais, além de que profissionais de saúde devem usar equipamentos de proteção individual quando há suspeitas de Mpox”, orientou.
Unidades de saúde e casos confirmados
Lilian explicou que todas as unidades de saúde do Amazonas estão preparadas para receber casos suspeitos de Mpox. No entanto, a coleta de exames é realizada em unidades específicas, e pacientes que necessitem de internação são encaminhados à Fundação de Medicina Tropical. No caso de gestantes, a maternidade Ana Braga é a unidade de referência para tratamento.
“Todos os casos confirmados, eles são amazonenses, residentes na cidade de Manaus e nenhum relatou viagens anteriores à infecção. São adultos, jovens, numa faixa etária de 28 a 47 anos”, informou Lilian, acrescentando que ainda não existe tratamento específico para a Mpox, mas os pacientes são tratados de forma sintomática, com repouso, hidratação, boa alimentação e cuidados com as lesões.
Monitoramento
Conforme Lilian, a FVS-RCP está monitorando a situação de perto e realizando o rastreamento dos contatos dos casos confirmados. “Como forma de medidas para se evitar disseminação, a gente faz o isolamento dos casos, além do rastreamento de contatos desses pacientes. Então, os contatos que tiveram desses pacientes, eles são monitorados quanto aos sinais e sintomas por 21 dias. Caso apresente, a gente inicia o isolamento. Depois de 21 dias, eles são liberados”, destacou.
A Mpox é contraída através do contato próximo com as lesões, com fluídos corporais, com gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas, toalhas de banho e lençóis de cama. A população pode acompanhar a evolução da situação da Mpox no Amazonas através do site da FVS-RCP: www.fvs.am.gov.br.