Nos quatro pavimentos do complexo das primeiras obras do programa “Nosso Centro”, o mirante Lúcia Almeida e o largo de São Vicente, a Prefeitura de Manaus desfez uma das frases mais comuns entre os amazonenses: de que a cidade foi construída de costas para o rio Negro. A prefeitura fará a inauguração do complexo, às 17h desta quinta-feira (4), com entrada gratuita.
Ali, no início da 7 de Setembro, Centro, zona Sul, a construção é justamente para fazer referência ao rio e toda sua profundidade, banzeiros, nuances de cor, conforme a iluminação natural, o ir e vir de barcos de diversos tamanhos e a vista para a ponte Phelippe Daou, além do belíssimo pôr do sol.
Essa reconexão de amor às coisas vivas é um dos conceitos que na arquitetura se chama de biofilia. E, no mirante e no largo, elas foram complementadas pelo paisagismo, ampliadas pelo contato com a natureza por meio de diversas plantas.
Trazendo plantas e mais cores verdes, o complexo aproxima ainda mais as pessoas da natureza. O verde natural dá mais vida ao mirante e ao largo, com espécies escolhidas entre tropicais, resistentes, regionais e de fácil manutenção, além da beleza. O trabalho é assinado pela paisagista Sandra Nazareno.
Logo à frente do prédio se avistam as clássicas jiboias pendentes, dando leveza e fluidez ao espaço. Há dezenas delas espalhadas por andar. Nos espaços nas laterais das escadas, os vasos de todos os tamanhos e alturas têm palmeira fênix, bromélia shiva, costela de adão e palmeira areka, entre outros. Internamente, eles têm forração de aspargos e samambaias, dando um toque mais tropical.
Junto aos bancos de madeira espalhados pelos andares, para o público curtir e contemplar o espaço, tem palmeira raphis em cachepôs.
O projeto arquitetônico é do Implurb e os recursos investidos são da prefeitura, com mais de R$ 60 milhões – incluindo o casarão Thiago de Mello e o píer turístico.