O Amazonas desenvolveu uma nova técnica para identificar preliminarmente a cocaína, mesmo quando misturada a outras substâncias que alteram sua coloração natural. A metodologia foi criada pelos peritos do Instituto de Criminalística Lorena dos Santos Baptista (IC-LSB) e poderá ser utilizada por órgãos de fiscalização e forças policiais do Estado. A equipe de peritos trabalhou em conjunto, liderada pelos peritos Madson Nascimento e Midory Hiraoka, ambos com formação em Química.
A iniciativa surgiu após agentes da Receita Federal relatarem dificuldades em detectar a presença de cocaína durante a fiscalização, uma vez que a droga, conhecida como “cocaína preta”, é misturada a produtos como café, chocolate, carvão ou açaí, o que afeta seu odor e coloração, tornando-a menos perceptível, inclusive para cães farejadores.
A nova metodologia desenvolvida pela equipe do Instituto de Criminalística mostrou eficiência ao identificar essa nova forma de cocaína, que não é detectada pelo método tradicional de análise colorimétrica. Além disso, a técnica é de baixo custo e utiliza materiais simples, tornando-a acessível e segura para os agentes que realizam os exames preliminares de drogas. Essa nova técnica é pioneira no país, e acredita-se que outros estados possam buscar alternativas semelhantes para melhorar a detecção da “cocaína preta”.
