A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu um homem de 46 anos por maus-tratos a animais, apropriação indébita e violência psicológica. A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o investiga por forçar três ex-companheiras a manter relações sexuais com o cachorro dele, além de filmar os abusos e divulgar as imagens. A prisão ocorreu esta semana.
Segundo informações do G1, Argos, da raça american bully, foi apreendido e passou por um exame com um veterinário, que identificou nele sinais de violência sexual. O homem foi preso na casa onde vive, no bairro da Posse. Os agentes apreenderam um celular e outros dispositivos eletrônicos e não descarta que outras vítimas possam aparecer ao longo das investigações.
Em depoimento à Polícia Civil, uma das mulheres afirmou que ficou casada com o preso por três anos e que ganhou o cachorro. Mas, ao se separar, não teve condições de levar o animal por ter filhos e ter uma outra cadela para cuidar. Ao G1, a ex-companheira afirmou que, depois disso, ele se negou a entregar o animal e colocou uma reconciliação como condição para devolvê-lo. Ela disse que, para não perder o cão, reatou várias vezes com ele.
A mulher disse também que se separou dele pelos atos de zoofilia praticados pelo homem e porque sofria violência doméstica. E que ela chegou a receber imagens de uma relação sexual dele com o cão. Ela disse que sabia que ele mantinha relações com animais, mas nunca tinha visto a cena. Depois disso, ela entrou em contato com outras ex-companheiras, que confirmaram que o preso mantinha relações sexuais com outros animais, que matava depois.
Conforme o G1, uma das ex-companheiras confirmou em depoimento as declarações sobre violência sexual contra animais. Ela disse que se separou do homem por sofrer uma agressão física. Ela acrescentou que os bichos que ele cria costumam sumir ou aparecer mortos sem explicação.
Um dos animais citados por ela foi uma cadela da raça pitbull que, segundo ela, constantemente apresentava sangramentos na parte íntima. Uma das vítimas declarou que o preso a perseguia e já foi atrás dela em outros municípios. Ele já possui outros 15 registros de ocorrência e será investigado se tem envolvimento com a milícia.