Fazenda da Esperança transforma vida de jovens dependentes químicos: ‘É coisa de Deus mesmo’

FPS Fazenda da Esperanca Leandro Nascimento voluntario foto Breno Brandao 1
FPS Fazenda da Esperanca Leandro Nascimento voluntario foto Breno Brandao 1

Instalada há mais de 20 anos do Amazonas, a Fazenda da Esperança, instituição social atendida pelo Governo do Estado, vem transformando a vida de milhares de jovens dependentes químicos. Por meio de editais do Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS), as unidades masculina e feminina da instituição, Dom Gino Malvestio e Irmã Cleusa Rody, contam, desde 2019, com mais de R$ 899,7 mil em fomentos para execução das atividades realizadas pelos acolhidos.

“Hoje nós temos uma marcenaria equipada, temos equipamentos de padaria, materiais que permitem que os jovens possam exercer uma atividade, aprender o trabalho e se tornarem protagonistas. Então, com certeza, o Fundo de Promoção é o nosso grande parceiro ao longo de todos esses anos”, explicou o padre Vinicius Esch Gouveia, 44, responsável pela unidade masculina.

“Quando elas saem daqui elas levam alguma coisa a mais, saber quem são, se conhecer melhor, mas também levam uma profissão. Agradecemos muito pela colaboração, por esse olhar que o governador e que a primeira-dama têm pelo nosso trabalho”, completou Josilene Silva, responsável pela unidade feminina.

Da esquina para o mundo

Leandro Nascimento, 26, oriundo do município de Atalaia do Norte (a 1.138 quilômetros de Manaus), atua como voluntário há mais de dois anos na Fazenda da Esperança Dom Malvestio. O jovem relembra a sua luta no combate às drogas.

“De início eu era um rapaz tranquilo, nunca imaginei que ia usar crack. Sempre fui bem educado, tirei notas boas, achei que ia ter um futuro totalmente diferente”, contou.

Após um ano de tratamento na instituição, o rapaz, em tom de gratidão, resolveu permanecer no local como padrinho e ajudar novos jovens a superar a dependência de entorpecentes.

“Eu agradeço a Fazenda da Esperança por ela existir, pois não haveria recuperação, nem recomeço, não existiria o vínculo com a família novamente. Eu olho para trás e vejo que tomei muitas decisões erradas, mas aquela decisão, naquele dia, naquela noite, que eu pedi pra Deus, Ele me ouviu”, comemorou.

Neurilene Gomes, 42, também encontrou um recomeço na Fazenda da Esperança. Trabalhando na unidade Irmã Cleusa Rody como madrinha desde novembro de 2022, a recuperada relembra sua trajetória com orgulho.

“É muito gratificante porque eu achava que o último estágio era a morte, porque à cadeia eu já tinha ido. Hoje eu vejo essa mulher bonita, linda, maravilhosa, cheia de saúde, muito feliz e podendo amar essas outras meninas, É coisa de Deus mesmo”, disse, emocionada.

Com informações da assessoria