O Twitter suspendeu, nesta quinta-feira, 15, contas de jornalistas que cobrem assuntos relacionados à rede social e ao seu novo proprietário, Elon Musk. A suspensão repentina dos repórteres ocorre um dia depois da decisão de Musk de banir permanentemente a conta @ElonJet, que rastreou os voos de seu jatinho particular usando dados disponíveis publicamente.
Essa suspensão também levou o Twitter a mudar suas regras para todos os usuários, passando a proibir o compartilhamento de informações sobre a localização de outra pessoa sem consentimento. Entre os perfis suspensos, estão os de repórteres que trabalham para o The New York Times, Washington Post, CNN, Voice of America, entre outros veículos.
A empresa não explicou aos jornalistas por que derrubou as contas e fez desaparecer seus perfis e tweets anteriores. Logo depois, Musk foi ao Twitter e publicou uma mensagem acusando os jornalistas de compartilharem informações privadas sobre seu paradeiro, que ele descreveu como “basicamente coordenadas de assassinato”. Apesar da alegação, Musk não forneceu nenhuma evidência sobre isso.
Vários dos repórteres suspensos na noite de quinta-feira tinha publicado matérias sobre a nova política da plataforma e a justificativa de Musk, que envolvia as alegações sobre um incidente de perseguição que ele disse ter afetado sua família na noite de terça-feira, em Los Angeles.
“As mesmas regras de doxxing se aplicam a ‘jornalistas’ e a todos os outros”, disse Musk, na noite de quinta-feira. Mais tarde, ele acrescentou: “Criticar-me o dia todo é totalmente bom, mas doxxing da minha localização em tempo real e colocando minha família em perigo não é.” O termo ‘doxxing’ refere-se à divulgação online da identidade, endereço ou outros detalhes pessoais de alguém.
As informações são do Terra.