De acordo com dados da Fundação Hospitalar e Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), entre as doenças do sangue, a leucemia é a que mais atinge crianças, adolescentes e adultos no Amazonas. Atualmente, 451 pacientes com o câncer fazem tratamento na unidade de saúde. Além disso, a hemofilia, anemia falciforme, trombocitemia e mielome também estão entre as enfermidades mais frequentes no estado.
De acordo com a diretora-presidente do Hemoam, Socorro Sampaio, a Fundação conta com uma estrutura e uma rede de profissionais para atender aos pacientes. “O Hemoam fornece tudo que um paciente da capital e do interior precisa em termos de internação, consultas ambulatoriais e medicamentos. O paciente quando chega aqui, em até 48 horas, já tem o seu diagnóstico, e se ele estiver estável, já começa o tratamento”, ressaltou.
A médica hematologista do Hemoam, pediatra Suênia Araújo, explica que a maioria dos cânceres atendidos na Fundação não são preveníveis, mas o diagnóstico precoce pode melhorar o tratamento e a recuperação dos pacientes, porque aumenta as chances de cura.
“As leucemias não são doenças prevenidas, como o câncer de mama e o câncer do colo do útero. Mas a gente poder ter o diagnóstico precoce. No caso das crianças, a mãe pode reparar se ela começa a ficar pálida, a se cansar facilmente, se começa a aparecer manchas na pele e não é só nas pernas, alguns sangramentos na gengiva, surgimento de glândulas na região cervical e uma dor que não melhora nem com massagens”, explicou Suênia.
A dona de casa Eliane Silva, 39, mãe do pequeno Brener Oliveira, 6, paciente de leucemia do Hemoam há cinco anos, ressalta que foi difícil sair do município de Anori (a 195 quilômetros de Manaus), mas que o apoio que recebeu da Fundação, foi fundamental para que a família pudesse realizar todo o tratamento na capital.
“Eu tive total apoio do Hemoam, meu filho está com três anos de alta da quimioterapia. Quando pegou alta, ele também tocou o sino, e eu agradeço pelo diagnóstico que ele teve, porque apesar de ser difícil, foi curável. É muito difícil uma mãe receber um diagnóstico desses, mais difícil ainda, ter que se deslocar do seu município para a capital. Ainda bem que eu tive muito apoio do Hemoan e do Gaac”, disse Eliane.
O hospital também conta com a parceria do Grupo de Apoio à Criança com Câncer do Amazonas (Gacc), que atua com diversos profissionais voluntários na unidade e realiza também, doações de equipamentos.
“Nós estamos doando o segundo laser odontológico, ele é usado como tratamento de feridas na boca que traz muito desconforto e dor para as crianças. Então assim, quanto mais pessoas doarem para a nossa instituição, mas a gente consegue ajudar e manter também a nossa parceria com o hemoam”, disse a diretora assistencial do Gaac, Joyce Loureiro.