O Brasil finalmente vai entrar na era da quinta geração de internet móvel (5G). Depois de muitos meses de testes, a chamada “versão pura”, que funciona na faixa de frequência de 3,5 GHz. A primeira capital autorizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a rodar a nova tecnologia no país.
Enquanto a velocidade de download em 4G tem uma média de 40 Mbps e latência de 50 milissegundos, em 5G a média fica perto de 1 Gbps, com pico de até 20 Gbps; e o tempo de resposta entre comando e ação é de 1 milissegundos. Para exemplificar melhor a mudança, bastante pensar que os filmes poderão ser baixados em um dispositivo móvel em questão de segundos e as videochamadas de ultra qualidade poderão ser realizadas sem atraso algum.
Como o 5G exige mais pontos de conexão para troca constante de informações, as operadoras que venceram o edital para explorar o chamado “standalone” em 3,5 GHz, que não precisa de apoio da frequência de 700 MHz usada pelo 4G, devem receber uma antena por grupo de 100 mil habitantes, segundo a Anatel.
A cobertura inicial em Brasília será sobre 80% da cidade, segundo a Anatel. A Claro, a TIM e a Telefônica, as vencedoras do edital da faixa de 3,5 GHz, têm por obrigação, segundo as regras do leilão, a instalação de 33 antenas. Segundo a agência, a escolha pela capital para a estreia se deve à facilidade de instalação dos equipamentos — especialmente devido ao número de antenas parabólicas, que usam uma frequência próxima à do 5G, e é relativamente menor em relação às outras capitais.
A Anatel prevê que o 5G “puro” deva chegar em seguida à São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS) e João Pessoa (PB), com expectativa de ativação em todas as outras capitais brasileiras até dezembro. Vale destacar que a projeção inicial para isso era o final de julho, mas problemas de fornecimento e logística de componentes eletrônicos acabaram atrasando o processo.
Com informações do Canaltech