Ministério Público pede suspensão do cachê de Ludmila por gesto ‘L’ na Virada Cultural


O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu à Justiça que suspenda o pagamento do cachê da cantora Ludmilla por ter feito gesto de “L” durante show na Virada Cultural, na capital paulista, no dia 29 de maio. O valor pela apresentação pago pela Prefeitura de São Paulo é de R$ 200 mil.


Para o MP-SP, a manifestação é em apoio ao pré-candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que foi classificado como “desvio de finalidade”.


“A forma como se desenrolou o evento revela, outrossim, violação da legalidade, pois o atual contexto das provas sugere que as contratações levadas a efeito dissimulam um aparente ‘showmício’, o qual é vedado como modalidade de propaganda eleitoral, principalmente por ter sido promovido o evento com verbas públicas”, disse, em trecho da manifestação, a promotora Eloisa Virgili Canci Franco, da 1ª Promotoria de Justiça de Mandados de Segurança. “Conforme se percebe, ao menos em uma análise perfunctória, há diversos elementos que apontam para um desvio de finalidade em tal contrato, que deveria ter finalidade cultural.”

Durante a apresentação, Ludmilla pediu ao público que fizesse o “L”. Ao fundo, um telão vermelho, do PT, disse na inicial o vereador paulistano Fernando Holiday (Novo-SP).

Quando soube da ação movida pelo parlamentar, a cantora reagiu nas redes sociais. “Ô, Fernando Holiday, deixa eu contar um segredo: meu nome também começa com a letra L.”

Para a Prefeitura de São Paulo, a ação para não pagamento a Ludmilla é desnecessária. “Veja que os autores, em nenhum momento, demonstraram em que medida a conduta da contratada seria lesiva ao erário municipal. Não se faz presente qualquer lesão ao patrimônio público ou ofensa à moralidade administrativa que justificasse o ajuizamento da presente ação”, disse o Poder Executivo, em manifestação no processo.

A ação está conclusa para decisão na 15ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.

Com informações da revista Oeste