Uma mulher que não teve a identidade informada foi considerada “curada” do HIV após um tratamento com células-tronco, segundo divulgaram pesquisadores do Centro Médico New York-Presbyterian Weill Cornell, nesta terça-feira (15). A paciente pode ser o terceiro caso mundial de remissão do vírus causador da Aids. As informações são do Metrópoles e do R7.
Os detalhes foram apresentados pelas médicas que conduziram a pesquisa, Yvonne Bryson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, e Deborah Persaud, da Univesidade Johns Hopkins, durante a Conferência de Retrovírus e Infecções Oportunistas.
Segundo as cientistas, a paciente também tinha câncer, e passou por um procedimento polêmico com células-tronco para lutar contra as duas doenças – a terapia é considerada antiética em pessoas que não estão em estado terminal de câncer, já que pode levar à morte.
Para que o experimento fosse possível, foi necessário encontrar um doador de medula que tivesse uma mutação rara que o fazia ser resistente ao HIV – a maioria das pessoas que se encaixa na condição é do norte da Europa mas, ainda assim, menos de 1% da população é compatível.
A paciente tinha HIV desde 2013 e foi diagnosticada com leucemia em 2017. Ela estava sendo tratada há quatro anos e, neste período, o câncer entrou em remissão. A mulher manteve o tratamento para HIV até 2021 e, desde que parou de tomar os remédios, o vírus não ressurgiu.
Os cientistas também tentaram infectar as células da mulher com o vírus em laboratório, e não conseguiram. A ideia agora é continuar acompanhando a paciente para descobrir se o vírus realmente não retornará e se ela poderá ser declarada curada.
Outros dois casos a remissão do vírus HIV já haviam sido observados: o primeiro caso foi o do chamado “paciente de Berlim”, considerado curado por 12 anos – até morrer de leucemia, em setembro de 2020. O segundo, chamado de “paciente de Londres”, está em remissão do HIV há mais de 30 meses.
Com informações de O Liberal